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Organização civil dará apoio a herdeiros do Napster.

Guarulhos, 09 de novembro de 2001

Uma organização civil com tradição na defesa da liberdade de expressão na internet dará apoio à rede herdeira do Napster, a FastTrack, cujo ícone é o programa de troca de arquivos Morpheus.

A EFE (Electronic Frontier Foundation), grupo que já defendeu hackers no passado, ajudará a MusicCity, empresa que desenvolveu o Morpheus, a defender-se no processo de Holywood.

No início de outubro, os estúdios MGM, Columbia e Disney, ao lado das gravadoras Sony, Universal e Warner, abriram um processo contra as empresas que administram a rede FastTrack.

Na ação, as gravadoras e os estúdios de cinema reclamam que as empresas responsáveis pela rede “Grokster, MusicCity.com, MusicCity Networks e Consumer Empowerment”lucram com a violação de direitos autorais e pedem que um tribunal da Califórnia ordene seu fechamento.

A iniciativa ocorre no momento em que a indústria fonográfica tenta lançar seus próprios serviços de música pela internet, dando acesso limitado aos internautas a canções por uma tarifa mensal. Os serviços MusicNet e Pressplay, que reúnem as grandes gravadoras, devem entram no ar dentro de dois meses.

Pela culatra

A empresa de pesquisa Webnoize prevê que o processo vai tornar as empresas ainda mais conhecidas pelo público. Cerca de 1,81 bilhão de arquivos de música foram trocados durante o mês de outubro pelos programas que herdaram na internet o papel do Napster.

Morpheus, KaZaA e Grokster, os mais populares da FastTrack, registraram um aumento de 20% nno tráfego durante o mês passado. “O crescimento da rede FastTrack continua a ser impressionante”, disse o analista Matt Bailey.

“Durante os quatro últimos meses o número de usuários conectados subiu 480%, e em novembro vai provavelmente ultrapassar os 1,57 milhão de usuários simultâneos que o Napster tinha em seu auge.”