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Mais pessoas limpam o nome na praça

Guarulhos, 09 de agosto de 2002

No balcão do Serviço de Proteção ao Crédito está o registro dos tempos difíceis.

“Eu fiquei desempregado na época e tinha cheque especial, mas não deu para cobrir” – explicou o aposentado Pedro Andrade.

Mas um levantamento da Associação das Empresas de Verificação e Garantia de Cheques, a Abracheque, revelou que a situação está mudando para muita gente. O brasileiro passou 33% mais cheques do que em 2001. Mas em 2002 o número de inadimplentes diminuiu 35% em relação ao mesmo período do ano passado.

De janeiro a julho de 2001, 643 mil pessoas estavam com o nome sujo na praça. Foram 413 mil nos primeiros sete meses deste ano. Outro índice está sendo apontado como o grande responsável por esta queda na inadimplência dos cheques. De acordo com o IBGE, em junho, o nível de emprego cresceu 3%. Além disso, o resgate do FGTS pode estar ajudando o consumidor a quitar as dívidas no comércio.

Para o presidente da Abracheque, Carlos Alberto Pastor, esse dado não é isolado. Pelos números da primeira semana de agosto, a inadimplência dos cheques deve continuar caindo.

“Viemos com um saldo negativo entre quem limpou e quem sujou o nome de aproximadamente 70 mil pessoas físicas no mês de maio. No mês de junho, caiu para 28 mil e no mês de julho para duas mil. Agora, nestes primeiros dias de agosto, nós com 2,9 mil positivo. Em agosto mais pessoas limparam o nome do que incluíram no cadastro do CCF” – esclareceu Pastor.