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Dólar fecha manhã em baixa de 0,72%

Guarulhos, 27 de novembro de 2001

SÃO PAULO – Na contramão dos mercados de ações e títulos da dívida externa, o dólar comercial encerrou a manhã desta terça-feira 0,72% mais barato, cotado a R$ 2,457 na compra e R$ 2,459 na venda. A Bovespa também mantém a trajetória de baixa, atribuída à realização dos lucros obtidos nos últimos dias. Às 12h42m, o Índice Bovespa marcava 13.557 pontos, com queda de 1,46%. O volume financeiro era de R$ 127,2 milhões.

Além da melhor percepção de risco do país observada durante todo o mês de novembro, influi nas ordens de venda a queda do risco-país argentino e a previsão de entradas de recursos externos no Brasil. Até agora, a cotação de venda da moeda americana já oscilou entre a mínima de R$ 2,45 (-1,09%) e a máxima de R$ 2,466 (-0,44%). No mercado paralelo de São Paulo, o dólar opera estável, a R$ 2,56 na compra e R$ 2,61 na venda.

Na bolsa paulista, a Telemar PN é a principal influência na queda do Ibovespa, por representar 20,5% dos negócios na bolsa, com uma queda de 1,30%. Entre as ações que compõem o índice, a maior queda era de Inepar PN (-3,5%) e a maior alta, de Cemig ON (+3,6%). No mercado futuro, o Índice Bovespa de dezembro tem queda de 1,79%, com 13.640 pontos.

A possibilidade de os juros voltarem a subir para conter a alta da inflação, citada nesta segunda-feira pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, também afeta o mercado acionário. Isso porque juros mais altos provocam a migração de recursos da renda variável para a renda fixa.

No mercado de câmbio, as sucessivas quedas do dólar, no entanto, já preocupam uma parcela dos analistas que vêem perigo para a balança comercial, ultimamente superavitária. Já há quem discuta a necessidade de o Banco Central suspender as intervenções no mercado, nas quais vende US$ 50 milhões diários. De qualquer forma o novo patamar a ser testado pela moeda americana é o de R$ 2,45.

Reservas cambiais – As reservas cambiais do Banco Central ficaram ontem em US$ 37,222 bilhões, com queda de US$ 678 milhões sobre o saldo da sexta-feira, que havia ficado em US$ 37,9 bilhões. Segundo informações da assessoria de imprensa do BC, da queda de US$ 678 milhões, US$ 100 milhões são relativos às intervenções da instituição no mercado interbancário nos dias 21 e 22. O restante está relacionado ao pagamento de bônus que foram resgatados (Euro 2001).

C-Bonds – Os títulos da dívida externa brasileira operam em baixa nesta terça-feira, num movimento de realização de lucros, depois de quatro altas consecutivas. Às 11h30m, o C-Bond, principal título brasileira, era cotado a 75,81% do seu valor de face. O Global 40, bônus global de 40 anos, caía 1,16%, cotado a 76,25% do seu valor.