Algumas regiões gastam menos que o previsto

Ao final do segundo mês de racionamento de energia, os consumidores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste conseguiram gastar menos que o previsto pelo “ministério do apagão”.

No Sudeste e Centro-Oeste, a economia chegou a 21,7% e no Nordeste, a 21%.

Já a região Norte não conseguiu cumprir o compromisso de reduzir voluntariamente o consumo em 15%. A economia nos Estados do Pará, Tocantins e Maranhão ficou em 9,8%, e os consumidores deverão entrar no racionamento de 20% após o dia 7 deste mês.

Considerando apenas o consumo de ontem, o Sudeste e Centro-Oeste economizaram 19%, o Nordeste 17,9% e o Norte 7,5%.

Antes mesmo do fim de julho, representantes da Câmara de Gestão da Crise de Energia já descartavam o risco de apagões até meados de setembro devido aos resultados positivos alcançados.

Reservatórios

Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste fecharam o mês de julho com 26,76% da capacidade, índice 2,46 pontos percentuais acima da curva de acompanhamento do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

No Nordeste, os reservatórios atingiram 20,94%, ou 0,44 ponto percentual a mais que o previsto.

A represa da hidrelétrica de Tucuruí, que abastece os Estados do Pará, Tocantins e Maranhão, também está mais cheia (3,7 pontos percentuais) do que o estimado inicialmente, com 96,2% da capacidade.

Mas a usina não está enviando para o Nordeste os 1.000 MW acertados inicialmente. Ontem, por exemplo, o despacho de energia do Norte para o Nordeste foi de 833 MW, enquanto o Sudeste mandou 535 MW para a região.

Na região, Sul, que está fora do racionamento de energia, os reservatórios atingiram ontem 96,76% da capacidade.