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Vendas surpreendem em abril

Guarulhos, 11 de maio de 2007

As vendas no varejo tiveram resultado positivo no quarto mês deste ano. É o que mostram os indicadores de desempenho do comércio divulgados ontem pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O principal medidor das compras no crediário, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), sinaliza que as vendas a prazo em abril cresceram 7,5% sobre o mesmo mês de 2006. O Usecheque, que mostra o ritmo das vendas à vista, aponta expansão de 6%.

Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o aumento no movimento corresponde às expectativas. “Com a queda da temperatura, menos pessoas viajaram no feriado prolongado, o que impulsionou a antecipação das compras para o Dia das Mães e resultou em um aumento das consultas ao SCPC e ao Usecheque.”
“Os resultados são bastante expressivos, confirmando a aceleração das vendas, principalmente, nos quatro últimos dias do mês”, ressaltou o economista Emílio Alfieri, da ACSP. Segundo ele, a expectativa era manter os índices do SCPC e do Usecheque perto de 5,5% e 4,9%. “A aceleração foi um pouco fora do padrão que vínhamos registrando.”

Em abril do ano passado os índices registraram crescimento fraco, de 1,2% no SCPC e 2,3% no Usecheque, em comparação a 2005. “Além dos fatores macroeconômicos tradicionais, como aumento da oferta de crédito e redução da taxa básica de juros (Selic), o alongamento dos prazos do crediário e as liquidações do varejo também contribuíram para esse resultado positivo”, considerou o economista.

Inadimplência – A pesquisa mostra ainda que a quantidade de registros cancelados no cadastro de maus pagadores do SCPC aumentou 3,7%, se comparado a abril de 2006, e o número de registros recebidos cresceu 9,2%, o que resulta em uma taxa líquida de inadimplência de 8,1% em abril, contra 7,1% do mês anterior.

“A inadimplência subiu um ponto percentual, mas isso não é preocupante, já que é um resultado sazonal, reflexo das compras de Natal e dos compromissos com os pagamentos de impostos no início do ano”, disse Alfieri.