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Um milhão de cidadãos por menos impostos e mais empregos

Guarulhos, 30 de março de 2005

Entidades protestam contra alta carga tributária em Guarulhos

Cinco grandes entidades realizaram na segunda-feira, 28 de março, um protesto contra os efeitos nocivos da alta carga tributária para a sociedade e o desenvolvimento de nosso país: Associação Comercial e Empresarial (ACE-Guarulhos), Associação dos Empresários de Cumbica (Asec), Associação dos Empresários das Chácaras Reunidas de São José dos Campos (Assecre), Frente Empresarial Pró-Itaquaquecetuba (Fempi) e Movimento da Comunidade Empreendedora Produtiva (MCEP).

A movimentação foi realizada durante o 7º Encontro Empresarial Asec, no Hotel Mônaco, no Centro, que reuniu empresários da cidade em um ambiente informal e descontraído para a troca de interesses comerciais, viabilização de negócios e oportunidades.

Como protesto, as entidades lançaram o movimento com o tema “1 milhão de cidadãos por menos impostos e mais empregos” que prevê a participação da sociedade em um grande abaixo-assinado contra a alta nos tributos. Também foi lançado no mesmo evento o Feirão do Imposto, um movimento realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entre outras entidades que, por meio de tendas espalhadas em pontos estratégicos da cidade mostrará a população o quanto ela paga de impostos na hora do consumo. O consumidor poderá conferir o valor de cada imposto embutido em uma série de produtos.

Os locais exatos da montagem das tendas da ACE-Guarulhos serão divulgados nos próximos dias para que o consumidor visite e participe do Feirão. “A Ace juntamente com outras entidades vão mostrar com o Feirão que o empresário não é bandido. Mais da metade do seu lucro vai para o governo para pagar os cartões de crédito que cada homem de Brasília leva no bolso”, alerta o presidente da ACE, Decio Pompêo Junior. 

Entidades contra o aumento de impostos – O evento que contou com a participação de muitos empresários, autoridades e representantes das entidades realizadoras serviu para a exposição da real carga tributária inserida nos produtos e serviços, gastos do governo e posicionamento da classe empresarial.

“É uma vergonha a quantidade de impostos que nós pagamos. Não tem nenhum produto que o cidadão paga menos de 30% em impostos”, disse Luís Carlos Teodoro, presidente da Asec.

O presidente da Gregório Pugliese, coordenador do MCEP e da Assecre, criticou o aumento dos gastos e dos impostos. “O trabalhador utiliza 168 dias do ano para pagar impostos e 112 dias para pagar aquilo que o governo tinha que dar com o dinheiro dos impostos como saúde, transporte, moradia”, disse indignado. “O importante agora é a mobilização. Nós temos que cobrar do governo”, complementou.

Decio Pompêo Junior, disse ainda que a cobrança injusta dos impostos está “cada vez mais sangrando o lucro do empresário, aumentando o desemprego e a informalidade”.

Já Luís Antonio Miretti, presidente da Comissão de Assuntos Tributários da OAB/SP, foi taxativo quando a aprovação da MP 232. “Este não é o momento oportuno para uma reforma tributária. Essa não é uma reforma ideal. É apenas um ajuste para a manutenção da arrecadação”. Miretti reclamou ainda sobre a falta de mobilização da população. “O cidadão brasileiro não tem noção do quanto ele é contribuinte. Se tivesse ele saberia reclamar mais”.

Participaram também do evento Cláudio Vaz, presidente do Ciesp, Dr. Rubens Aprobato Machado, ex-presidente da OAB/SP, Airton Trevisan, presidente da OAB-Seccional Guarulhos, Eldon Fiorin, da Secretaria de Finanças de Guarulhos e o deputado federal Jovino Cândido (PV-SP), entre outros. Os diretores da ACE Zulmira Maria, diretora de Marketing, Anunciado Thomeu Sobrinho, diretor de relações institucionais, Rubens Ferreira de Castro, diretor comercial, Wilson Lourenço, vice-presidente de serviços e o superintendente, Maurici Dias Gomes também participaram.