Notícias

Socorro à Argentina acalma mercados

Guarulhos, 22 de agosto de 2001

Folha ImagemO socorro de US$ 8 bilhões anunciado ontem à noite pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) à Argentina serviu para acalmar o mercado financeiro brasileiro hoje.

A medida não deve resolver “todos” os problemas do país vizinho, mas, pelo menos, ajudará a Argentina a recompor suas reservas bancárias e garantirá alguma sobrevida ao sistema de conversibilidade, que exige um dólar guardado para cada peso em circulação no país.

O mercado aguarda agora os detalhes do acordo, que deverão ser anunciados ainda hoje pelo ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo.

O dólar comercial, que ontem fechou com alta de 1,23%, a R$ 2,551, maior patamar desde 16 de julho, iniciou a quarta-feira recuando. Às 10h40, a moeda norte-americana era cotada com queda de 1,25%, a R$ 2,519 na venda e R$ 2,517 na compra.

O câmbio futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), acompanha o comportamento do mercado à vista e apresenta baixa. O dólar setembro era cotado a R$ 2,535 (-1,28%) e o de liquidação em outubro, a R$ 2,574 (-,26%).

A Bolsa de Valores de São Paulo, que ontem caiu 1,70%, registrava, há pouco, alta de 2%, voltando a superar os 13 mil pontos (13.149). O giro financeiro, porém, ainda está bastante reduzido: R$ 49 milhões.

Os juros futuros negociados na BM&F inverteram o movimento nesta manhã e passam a projetar quedas nas taxas, reforçando a expectativa do mercado de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deverá no mínimo manter a Selic em 19% ao ano. A decisão do Comitê será anunciada hoje.

O DI setembro, que projeta o juro para agosto, passava de 19,71% para 19,28% ao ano. O contrato de juro com liquidação em outubro caía de 20,90% para 20,29%.