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Recuo da atividade econômica reduz desequilíbrio externo

Guarulhos, 01 de julho de 2015

A crise que ocasionou, entre outros prejuízos, o recuo na atividade econômica brasileira tem um lado positivo. Dados divulgados nesta quarta-feira, 1º de julho, pelo Banco Central sobre o setor externo da economia referente ao mês de maio mostram que a desaceleração acabou contribuindo para reduzir o déficit das transações correntes.

As estatísticas mostram um saldo negativo de US$ 3,4 bilhões. Inferior, portanto, aos -US$ 6,9 bilhões do mês anterior. O déficit dessa conta chegou a US$ 44,9 bilhões durante os primeiros cinco meses do ano.

Essa melhora nas contas externas é o resultado direto da perda de dinamismo da economia brasileira, que deve se acentuar neste segundo trimestre. A retração econômica, diminuindo o consumo das famílias e os investimentos das empresas, contribuiu para reduzir no acumulado do ano as importações de mercadorias (-18,7%) e as remessas de lucros das empresas estrangeiras instaladas no país (-43,3%).

Contribuiu também para a melhoria das contas externas a valorização acentuada do dólar, de cerca de 20% neste ano e de 42% nos últimos doze meses, que além de diminuírem as compras externas, desestimuladas pelo encarecimento dos produtos importados, reduziram os gastos dos brasileiros com viagens ao exterior.

“Por outro lado, porém, apesar da valorização do dólar, as exportações ainda não reagiram positivamente”, apontou o presidente da ACE-Guarulhos, Jorge Taiar. As exportações ficaram 17% menores no período janeiro-maio em relação ao mesmo período de 2014.