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Qualidade do crédito ganha impulso

Guarulhos, 29 de abril de 2010

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-RJ), a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a Equifax do Brasil e a Serasa Experian anunciaram a criação da Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC). Concorrentes históricos no mercado de informações para subsidiar decisões de crédito e de negócios no País, as instituições resolveram unir forças e trocar experiências bem sucedidas para assegurar a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento do crédito como ferramenta de crescimento econômico do País.

O objetivo, segundo Silvânio Covas, presidente do Conselho da ANBC, é apoiar iniciativas que facilitem o acesso ao crédito, sem deixar de lado a responsabilidade na concessão. Para isso, a associação poderá desenvolver estudos, apoiar iniciativas de educação financeira e, principalmente, acompanhar os projetos que estão em tramitação no legislativo que dizem respeito a essas prestadoras de serviço.

“Nosso primeiro ato como associação será mapear os mais de 400 projetos de lei que existem hoje no Legislativo, tanto estadual quanto federal, e que dizem respeito à nossa atividade, para que leis a serem aprovadas não dificultem ainda mais a atuação do segmento”, disse Covas.

“Somos concorrentes no ambiente de negócio, mas, enquanto instituições, é importante unirmos forças em prol do bem comum das empresas que auxiliam a tomada de decisões para concessão de crédito. Trata-se de uma conjunção de esforços para buscar soluções a temas comuns, que facilitem a vida do consumidor, mas sem perder de vista a segurança das empresas que concedem o empréstimo ou o financiamento de seus produtos”, afirmou Alencar Burti, presidente da da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da ACSP, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Como exemplo, ele citou o projeto de lei do cadastro positivo, em tramitação no Congresso, que deverá fornecer o histórico de pagador do consumidor para que as empresas tomem a melhor decisão de acordo com o perfil daquele cidadão. “Quando a pessoa vai procurar emprego, a primeira coisa que faz é apresentar um currículo, que mostra onde já trabalhou para que o empregador analise se ela está apta para o cargo em questão. O cadastro positivo é a mesma coisa: a empresa analisa o currículo do consumidor como pagador e decide se ele corre risco de se tornar inadimplente”, disse.