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Natal das lembrancinhas e dos presentões

Guarulhos, 04 de dezembro de 2007

O Natal deste ano promete ser dos presentinhos e dos presentões. De acordo com dados relativos às consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que mede as compras a prazo, e ao UseCheque – termômetro das vendas à vista – apresentados ontem pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), todos os setores da economia tiveram um bom desempenho no mês de novembro, de vestuário e calçados a automóveis, na comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é de que em dezembro o aumento das consultas fique entre 6% e 7% tanto para as consultas do SCPC quanto para o UseCheque.

No SCPC, o crescimento de consultas em novembro deste ano foi de 7,3%, se comparado ao ano passado, saltando de 1.650.159 para 1.771.135. Já no UseCheque, o aumento foi de 7,1%, passando de 2.248.608 em novembro de 2006 para 2.408.285 em novembro deste ano. De janeiro a novembro, o mês de maior expansão das consultas foi outubro, com 8,7%, comparado ao mesmo período do ano passado. No UseCheque ocorreu a mesma coisa. O mês de outubro teve a maior alta, 9,2% em relação ao mesmo mês de 2006.

“Outubro registrou a maior alta por causa do Dia da Crianças. O comércio, de uma maneira geral, teve bom movimento nesse período”, explicou o economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP.

Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, os feriados prolongados de novembro acabaram tendo efeito positivo para o varejo. “Na comparação com outros, um menor número de pessoas deixou a cidade e muitas foram às compras, talvez até antecipando um pouco o Natal”, analisou. Burti acredita que dezembro também seja um mês bom para o comércio, uma vez que os componentes crédito, queda dos juros, prazos mais longos, melhora da renda e do emprego, continuam a prevalecer.

A inadimplência também aumentou em novembro. Os registros recebidos (dívidas incluídas nos serviços de consultas) subiram 11,8% em relação a novembro do ano passado, passando de 389.584 em 2006 para 435.404 neste ano. Já as dívidas excluídas tiveram crescimento de 12,2%, saltando de 295.272 para 331.294 no mesmo período. Burti explicou que a expansão do número de registros recebidos no cadastro de inadimplentes do SCPC indica crescimento da inadimplência e serve de alerta para o mercado. Apesar disso, o crescimento do número de registros cancelados, de 12,2% no mesmo período, demonstra o grande empenho dos consumidores em regularizar seus débitos para se habilitarem a novas compras.