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Mercado se irrita com demora do pacote argentino

Guarulhos, 23 de outubro de 2001

Folha ImagemO mercado acordou hoje impaciente com a demora do anúncio do novo pacote econômico da Argentina. A onda de otimismo, detonada na semana passada com a expectativa quanto às medidas, perde força a cada dia. Hoje, os principais ativos brasileiros já refletem esse clima de desânimo.

O dólar comercial voltou a subir esta manhã, atingindo máxima de R$ 2,728, contra R$ 2,723 do fechamento de ontem. Há pouco, estava em alta de 0,11%, vendido a R$ 2,726. O volume de negócios ainda está abaixo do registrado em dias normais.

“O dólar está oscilando de acordo com o fluxo. Hoje está um pouco melhor do que ontem, mas nada de espetacular. Qualquer lote provoca uma oscilação maior”, diz a diretora da corretora de câmbio AGK, Miriam Tavares.

Apesar da falta de tendência a médio prazo – o que depende do teor das medidas do pacote argentino – o mercado ainda tenta alimentar uma expectativa positiva em relação ao país vizinho, mas fica refém da boataria, diz Miriam.

Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), após dois pregões de forte valorização, o seu principal índice operou esta manhã no vermelho. No final da manhã, o Ibovespa estava em queda de 0,47%, aos 11.644 pontos, com um volume financeiro reduzido de R$ 200,5 milhões.

Os sinais externos desestimulam novas compras de ações. Os títulos da dívida externa brasileira estão sendo negociados em queda. O C-Bond recua 1,06%, para 69,75 centavos de dólar. Ontem, o papel fechou a 70,50 centavos de dólar.

Na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), o contrato de Ibovespa para dezembro registra queda de 1%, sinalizando 11.870 pontos.