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Liqüidações impulsionam vendas

Guarulhos, 04 de abril de 2007

As vendas no varejo tiveram resultado positivo nos primeiros três meses deste ano. É o que mostram os indicadores do desempenho do comércio divulgados ontem pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O principal medidor das compras no crediário, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), sinaliza que as vendas a prazo no trimestre cresceram 4,7% em comparação com igual período de 2006. Já o Usecheque, que mostra o ritmo das vendas à vista, sobretudo de itens de menor valor, aponta crescimento de 3,4% este ano em relação ao ano passado.

“O alongamento dos prazos do crediário e as liquidações do varejo contribuíram para o resultado positivo dos primeiros três meses do ano”, garante o economista Emílio Alfieri, da ACSP. A pesquisa mostra ainda que a quantidade de registros cancelados no cadastro de maus pagadores do SCPC aumentou 6,6%, se comparado com o primeiro trimestre do ano passado, e o número de registros recebidos cresceu 6,7%. “Sinal de que a inadimplência está controlada e não oferece riscos”, afirma Alfieri.

Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, a redução no número de devedores inscritos no SCPC se deve, em parte, à queda das taxas de juros e à dilatação dos prazos para renegociação dos débitos, além do aumento da renda. “A expectativa de crescimento para o ano é de 5%, desde que haja continuidade na política de redução da taxa Selic”, prevê.

Já o mês de março isolado, sobre igual mês do ano anterior, apresentou alta de 4,5% no número de consultas ao SCPC e 5,5% no Usecheque. No período, os registros recebidos cresceram 4,2% e os cancelamentos, 7,1%.

Destaque – Além do comércio de rua, que contribui para o crescimento das consultas ao Usecheque, as lojas de utilidades domésticas e armarinhos tiveram bons resultados, segundo Alfieri. “Geralmente, são estabelecimentos que oferecem produtos mais baratos. O consumidor paga tudo à vista, evitando futuras dívidas.”

É o caso da loja Preçolândia, que registrou crescimento médio de 10% no volume de vendas nos dois primeiros meses do ano sobre 2006, resultado acima da média, segundo o dono da empresa, Arab Zakka. “O período de volta às aulas foi muito bom para o comércio de papelaria em geral. Somos fortes nesse segmento”, afirma.

Apesar de não divulgar expectativas de crescimento, a loja de utilidades domésticas Ultiplast também aposta em melhores resultados no trimestre em relação a 2006. Um dos motivos foi a recente criação do site com vendas online para incrementar os negócios.