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Israel ataca localidade próxima de onde estava Arafat

Guarulhos, 04 de dezembro de 2001

AFPRAMALLAH, Cisjordânia – Mísseis israelenses atingiram nesta terça-feira localidade próxima do quartel-general de Yasser Arafat, presidente da ANP. Segundo a agência Reuters, as dependências chegaram a ser alvejadas. O líder palestino estava no prédio, mas não se feriu. Forças israelenses também bombardearam o quartel da Força 17, guarda pessoal de Arafat, e uma dependência do Fatah (facção do líder palestino na Organização para Libertação da Palestina), em Gaza, e posições no campo de refugiados de Kahn Younis, no sul da Faixa de Gaza.

Pelo menos duas pessoas morreram e outras cem ficaram feridas na nova onda de ataques coordenados nesta terça-feira por Israel contra alvos palestinos em Ramallah e Gaza, segundo a Autoridade Nacional Palestina (ANP). De acordo com a agência Associated Press, os disparos dos caças F16 atingiram uma área residencial em Gaza. As explosões provocaram pânico nas ruas da cidade.

O principal negociador palestino, Saeb Erakat, exortou a comunidade internacional a deter o que chamou de “loucura de Sharon”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres, negou que o governo israelense esteja tentando destruir a Autoridade Nacional Palestina e seu líder, Yasser Arafat.

As declarações de Peres, do Partido Trabalhista, vêm a contrariar as determinações do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, do Partido Likud (de direita), ameaçando a coalizão que sustenta o governo de Jerusalém.

O presidente do Partido Trabalhista, Efi Oshaya, afirmou que toda a bancada no Parlamento israelense concorda em abandonar a coalizão que sustenta o governo do premier.

Na segunda-feira, incursões de aeronaves de Israel alvejaram posições palestinas em Gaza e Jenin, deixando 17 feridos. Os ataques foram em retaliação aos atentados cometidos no sábado e no domingo em Jerusalém e Haifa, que mataram pelo menos 28 israelenses.

Sharon disse na segunda-feira, em pronunciamento transmitido em cadeia de televisão, que “uma guerra foi imposta a Israel” e que Arafat é o maior obstáculo para a paz no Oriente Médio, já que, segundo o premier, ele apóia grupos terroristas. Sharon defendeu plenamente o uso da força militar para responder à “ameaça terrorista contra os cidadãos israelenses”.

GloboNews.com, com agências internacionais