Notícias

Explosão no WTC assusta o mundo e paralisa mercado.

Guarulhos, 11 de setembro de 2001

As dramáticas imagens das chamas e da fumaça nas duas torres do World Trade Center, um dos mais altos conjuntos de edifícios do mundo, em chamas, tiraram momentaneamente a atenção do mercado das preocupações com a desaceleração econômica mundial nesta manhã. Os futuros da bolsa de Nova York, que vinham ensaiando alta, viraram rapidamente para uma baixa de 2% a 3% logo após a rede CNN ter começado a noticiar as explosões no WTC. O pregão está suspenso.

Os negócios com futuros agrícolas e bradies, que funcionavam no prédio atingido, também estão paralisados. A rede NBC informa que o WTC foi atingido por um boeing. O FBI disse que, antes do acidente, investigava um possível sequestro de um avião. O presidente americano George Bush confirmou que se trata de atentado terrorista.

No Brasil, os mercados acompanharam a virada provocada em Nova York pelo acidente. A bolsa, que abriu em alta, passou a recuar, acompanhando os futuros americanos, e, há ponto, tentava reagir. O dólar, que começou o dia em pequena baixa, voltou a subir e, por volta das 10h15, valia R$ 2,6150. A abertura mais calma hoje era explicada pelo ensaio de reação dos mercados externos. Na Europa, as bolsas subiam forte depois que a Nokia anunciou a manutenção da sua previsão de resultados, que animou todo o setor tecnológico. No Japão, o setor tecnológico também liderou a recuperação da bolsa.

Porém, mesmo antes da notícia sobre a tragédia do WTC, o mercado brasileiro já se mostrava cauteloso e não acredita numa retomada forte para hoje. Segundo operadores, a cautela deve permanecer pelo menos até sexta, quando serão divulgados vários indicadores importantes nos EUA. Depois da frustração com o aumento do desemprego, noticiado na sexta, o investidor está mais preocupado com eventuais sinais que apontem uma maior desaceleração da economia americana.