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Evento na Paulo Faccini Prejudica Comércio

Guarulhos, 26 de julho de 2004

Com o fechamento da avenida, que não é permitido por lei, vários estabelecimentos ficaram vazios

O fechamento da avenida Paulo Faccini no sábado, 24, para a realização da “1ª Marcha para Jesus” se transformou em um verdadeiro tormento para alguns comerciantes. Além de carros estacionados por todos os lados impedindo que seus clientes chegassem até os estabelecimentos, muitas barracas foram instaladas nas calçadas em frente às lojas, o que fez com que muitos lojistas fechassem as portas.

A saída da marcha, que reuniu milhares de pessoas, começou às 10 horas em frente ao Paço Municipal da Prefeitura (avenida Bom Clima, 90) e a concentração foi em uma das pistas da avenida Paulo Faccini. Durante toda a tarde e início da noite, 24 bandas gospel se apresentaram, além de dirigentes religiosos.

A maioria dos comerciantes se sentiu prejudicada porque não foram avisados sobre o evento e, principalmente porque a avenida não poderia ter sido fechada, já que, é proibido por lei. Conforme a Lei Nº 4.709, de 31 de agosto de 1995, fica proibida a realização de qualquer evento ou manifestação na avenida, no trecho compreendido entre a avenida Tiradentes e a rua Papa João XXIII. A exceção existe somente para o desfile cívico de Sete de Setembro.

Para o presidente da ACE, Decio Pompêo Junior, o problema não foi a realização do evento, mas sim, a  forma como foi organizado, descumprindo a lei. “Muitos comerciantes trabalham aos sábados e dependem do movimento dos consumidores na avenida para sobreviver”. Ele alega ainda que a lei deveria ser cumprida e, no mínimo, os comerciantes deveriam ter sido avisados com antecedência.

Indignação – O proprietário do restaurante Boteco Show, que oferece feijoada aos sábados, ficou com o restaurante vazio. Os clientes não puderam chegar ao seu restaurante devido ao fechamento da avenida. Alessandro Borges do Nascimento, proprietário, disse que não recebeu nenhum aviso de que o evento iria acontecer. “Quem é que vai ressarcir o que eu perdi?”, reclamou Nascimento. Em média, ele atende cerca de 150 pessoas aos sábados e às 13h30 estava com o seu restaurante vazio.

Outro comerciante que também se sentiu prejudicado foi o proprietário do restaurante Ponto da Chuleta. Ele também disse que não foi avisado sobre o evento. “Não é a primeira vez que isso acontece. Sempre somos prejudicados quando a rua é fechada”, reclamou o proprietário, Manuel Freitas.

Confira o que diz a Lei:

http://www.guarulhos.sp.gov.br/06_prefeitura/leis/
leis_download/04709lei.pdf