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Empresários discutem soluções para o Brasil crescer

Guarulhos, 30 de março de 2007

Os empresários, junto com a sociedade civil organizada (sindicatos e entidades de classe) devem apresentar ao Congresso Nacional uma agenda de retomada do crescimento econômico. Na avaliação do empresário Rodrigo Costa da Rocha Loures, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIESP), não basta mais apenas participar da política em período eleitoral.

Os empresários devem pressionar os parlamentares (de forma democrática) independente da eleição. Qual razão? A economia anda devagar porque o governo, em vez de controlar o aumento de preços reprimindo a demanda (para controlar a inflação), deveria criar mecanismos de incentivo à produção. “É hora de agir. O governo não pode ter medo de ver a economia crescer. Por isso, nosso desafio é construir uma força política em forma de rede para influir nas políticas públicas. Só com o apoio da opinião pública é que vamos conseguir ajudar o País a construir um novo modelo de crescimento”, afirmou.

Rodrigo Loures defendeu a proposta na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na última segunda-feira, durante o lançamento do livro “Para o Brasil Voltar a Crescer – Evidência, Reflexões e Caminhos “, da editora IBPEX, composto por artigos de sete especialistas.

O livro é resultado de um ciclo de palestras do programa “Líderes Empresariais na Política” , realizado no ano passado. “Queremos ver o empresário interferindo na política de forma consciente e com qualidade”, disse Rodrigo Costa.

A obra discute o sistema político brasileiro, política internacional e economia. Os palestrantes explicaram sua visão sobre os problemas brasileiros e as possíveis soluções para a retomada do crescimento.

Bolívar Lamounier, por exemplo, analisou a despolitização do País. Segundo ele, o Brasil se transformou numa sociedade de massa em que os meios de comunicação têm mais influência que suas instituições político-partidárias.

Belmiro Valverde Jobim Castor discutiu os “gargalos” que impedem a aprovação das reformas. “O Estado brasileiro é extremamente caro e deve aumentar mais com a criação de uma nova secretaria (dos Portos). Sem cortar gastos, não há como investir”, afirma.

Aos interessados, o livro está disponível no site: http://www.livrariaibpex.com.br