De Olho no Imposto: SP já arrecadou 300 mil assinaturas
Empresários, estudantes e sindicalistas lotaram o auditório do Clube Espéria
Mais de 1,2 mil líderes de entidades que lutaram contra a MP 232 no início do ano passado, incluindo associações comerciais do interior paulista, estudantes e sindicalistas da Força Sindical, reiniciaram ontem, no Clube Esperia, a caravana da campanha De Olho no Imposto na capital paulista. O movimento, acompanhado pelo Feirão do Imposto, vai agora percorrer as 15 distritais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e, depois, seguirá para outras capitais do País.
Após percorrer 19 cidades do interior, o De Olho no Imposto já conseguiu mais de 300 mil adesões, das 1,5 milhão de assinaturas necessárias para enviar um projeto de lei ao Congresso, pedindo a regulamentação do parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal, que manda colocar o total de impostos pagos pelo consumidor na nota fiscal de todos os produtos e serviços.
Os presidentes da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e ACSP, Guilherme Afif Domingos, anunciaram que o prazo para concluir a coleta de assinaturas passou de 30 de abril para 1º de maio, Dia do Trabalho. Paulinho prometeu colher mais de 500 mil assinaturas só em São Paulo.
“E vamos mostrar que este movimento não é coisa de empresários, mas de trabalhador que paga mais de quatro salários por ano em impostos”, disse Paulinho. O presidente da ACSP garantiu que o 1º de maio será um bom momento para mostrar ao cidadão que ele paga por tudo e não recebe nada de graça. “A partir daí ele poderá exigir melhores serviços públicos”, afirmou.
Unidade – Afif Domingos destacou a importância da união das 2 mil entidades que participam do movimento. Para o presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), Alencar Burti, “a unidade já é uma marca do De Olho no Imposto”. Os parceiros da campanha deram seus depoimentos. “Nossa vitória vai resultar em um novo Brasil”, disse Antônio Marangon, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).
O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Cláudio Vaz, destacou que “exigir melhor uso do dinheiro público é um dever do contribuinte”. Luiz Flávio Borges D?Urso, presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), acrescentou que “esta é uma bandeira em defesa do cidadão”. O ex-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Eleuses Paiva, concluiu: “É preciso exigir ética no uso do dinheiro público.”
Marcaram presença no evento também os vice-prefeitos de Campinas, Guilherme Campos, e de Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli, o ex-presidente da ACSP Lincoln da Cunha Pereira, o presidente da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf), Rogério Amato, além de superintendentes das 15 distritais da ACSP e, praticamente, todos os vice-presidentes das 18 regiões administrativas da Facesp.
Participaram ainda do evento de ontem o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz Amaral, o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers (Alshop), Nabil Sahyoun, o presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, José Roberto Cunha, e o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Paulo, Ricardo Patah.
(Sérgio Leopoldo Rodrigues)
