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Comércio tem desempenho razoável no final de ano

Guarulhos, 08 de janeiro de 2002

Confirmando a desaceleração no consumo ocorrida em novembro (queda de 7,30% no SCPC e de 2,96% no UseCheque – conforme mostra o quadro abaixo); os números preliminares de dezembro dos serviços SCPC e UseCheque da Acig mostram que o consumidor guarulhense esteve cauteloso em relação às compras de final de ano. As vendas a prazo que em 2000 representaram 24% das consultas, em 2001 atingiram 27%, ou seja, um crescimento de três pontos percentuais. Já as vendas à vista cresceram 13%, saltando de 15 para 28% do total das consultas do UseCheque. As negativações caíram 28,30% (regularizações +23%).

Ainda assim, registrou-se no período uma retração de 8% no movimento do SCPC e 11% no UseCheque, considerada “razoável” pelo presidente da Acig, Anunciato Thomeo Sobrinho. “Temos de considerar os fatores que afetaram o consumo no último ano. Entre eles, eu destacaria os de ordem externa, como a crise da Argentina e o ataque aos EUA, e os internos: alta do dólar, racionamento de energia e alta do juros”, avalia.

Para o dirigente os números revelam que o guarulhense, assim como todos os brasileiros, está dando preferência para comprar à vista ou ainda usar o abono do 13º salário para saldar suas dívidas. A cautela levou o consumidor a procurar artigos de menor valor, haja visto o grande movimento nas lojas de R$ 1,99 da cidade no mês de dezembro. Esta é considerada por Anunciato uma atitude sábia,pois sem quitar suas dívidas passadas o consumidor não poderá voltar a comprar a prazo. “E, infelizmente, as negativações no SCPC que já andam altas podem aumentar neste início de 2002 devido ao acúmulo de despesas causado pela cobrança de tributos e taxas como IPTU, IPVA, registro de classe”.

Ainda sobre o desempenho do comércio no final de ano, Anunciato Thomeo Sobrinho admite que os números divulgados pela imprensa da Capital, com registro de desempenho positivo em 2% no comércio paulistano podem estar corretos, embora contestados por parte dos comerciantes. “Não se pode negar que o crescimento setorizado influencia os indicadores amenizando os números obtidos nos segmentos com pior resultado”.