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Comércio na web: ao largo da crise

Guarulhos, 25 de março de 2009

Apesar da crise internacional que abalou a economia mundial a partir de setembro do ano passado, o comércio eletrônico brasileiro teve um crescimento nominal – sem descontar a inflação – de 30% em 2008 ante 2007, com um faturamento de R$ 8,2 bilhões. Este resultado expressivo é consequência do aumento nas vendas de produtos com maior valor agregado, da entrada no mercado dos consumidores das classes C e D, do crescimento da banda larga, da elevação das oferta de frete grátis e das promoções, especialmente as que permitiram dividir o pagamento em um número maior de parcelas.

Essas conclusões foram divulgadas ontem, em São Paulo, na 19ª edição do WebShoppers, idealizado pela e-bit, empresa especializada na coleta e análise de informações sobre e-commerce no Brasil, no qual se analisa o comportamento do mercado e se aponta tendências para o futuro. O estudo conta com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e da Lumens Consultoria.

Segundo o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, além do aumento do tíquete médio para R$ 328 ante os R$ 302 de 2007, os consumidores passaram a adquirir produtos de maior valor. Outro destaque foi o aumento nas vendas de livros, que alcançaram a liderança dos produtos mais comercializados, em função da queda na comercialização de eletroeletrônicos (leia quadro). O Natal foi a data mais lucrativa para o comércio eletrônico em 2008. Segundo os números da e-bit, os negócios entre 15 de novembro e 23 de dezembro totalizaram R$ 1,25 bilhão, 15% a mais do que em 2007.

A queda na compra de CDs e DVDs, tradicionalmente os campeões de vendas, ocorreu em razão do aumento da pirataria e do compartilhamento de arquivos. Com isso, as lojas virtuais diminuíram os preços desses produtos. Atualmente, estes itens têm participação de 5% nos negócios online.

Para Gerson Rolim, diretor executivo da camara-e.net, o comportamento do comércio eletrônico é muito importante nesse momento de crise por ajudar a melhorar o desempenho da economia. E ressalta que o bom resultado também pode ser atribuído à maturidade com que os varejistas passaram a utilizar os dois canais, o físico e o online.

Meios de pagamento – O estudo constatou que 41% das vendas online foram pagas à vista em dezembro do ano passado. As divididas entre duas e dez parcelas corresponderam a 48% do total e as com financiamentos acima de 10 vezes, a 11%. O diretor geral do e-bit ressaltou o fato de muitas lojas virtuais estarem trabalhando com ferramentas mais sofisticadas de análise de crédito.

Segundo Guasti, neste ano haverá o “descolamento” entre o varejo físico e o virtual, já que os comerciantes saberão utilizar os dois meios para enfrentar a atual crise. A expectativa é de o tíquete médio manter os atuais níveis e que o primeiro trimestre registre uma retomada nas vendas, com promoções agressivas. Além disso, os pequenos e médios varejistas começam a utilizar a web para alavancar as vendas.

GuarulhosTem – Por conta desta nova tendência, a ACE-Guarulhos disponibiliza aos seus associados a oportunidade de terem sua loja virtual, gratuita, no portal GuarulhosTem, além de promover constantemente treinamentos voltados para o e-commerce. Somente em 2008, o portal faturou mais de R$ 40 mil em vendas e recebeu cerca de 150 mil visitas.

Hoje, o GuarulhosTem possui mais de 100 lojas virtuais e oferece mais de 400 produtos e ainda este ano, ganhará novidades que permitirá mais agilidade nas transações online. Informações pela Central de Relacionamento: (11) 2137-9333.