Cartões podem crescer 24% em 2011
O setor de cartões projeta um crescimento de faturamento neste ano de até 24%, em comparação ao verificado em 2011. A previsão inicial era de que o índice fosse de 20%. O total foi revisado por conta dos números positivos da economia. Porém, no segundo semestre o mercado deverá registrar os efeitos das medidas restritivas do governo, como aumento do pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito e o aumento da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
“As medidas podem ter impacto no terceiro trimestre. Mas, apesar da redução no ímpeto de crescimento, teremos o Natal, a melhor data para o comércio”, afirmou o superintendente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Fernando Barbosa.
Se a meta de crescimento para 2011, de 24%, se confirmar, o volume movimentado pode chegar a R$ 667 bilhões, incluindo a utilização de cartões de crédito, de débito e dos chamados private label, os plásticos de marca própria das redes de varejo. Em 2015, a expectativa é de que os pagamentos alcancem R$ 1,3 trilhão.
No primeiro semestre deste ano, o setor de cartões faturou R$ 304,5 bilhões, o que representa uma alta de 25% em comparação com os seis primeiros meses de 2010. Os cartões de débito são responsáveis por 27% do total, com R$ 89,5 bilhões, seguidos pelos cartões de crédito, com 24% e montante de R$ 176,2 bilhões, e dos de lojas, 26%, com R$ 38,8 bilhões. Existiam, em junho, 657,2 milhões de cartões emitidos – o que representa um crescimento de 10% ante junho de 2010.