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Cadastro Positivo ainda é pouco conhecido

Guarulhos, 07 de junho de 2011

O consumidor que quiser fazer parte do Cadastro Positivo – também conhecido como o cadastro do bom pagador – já pode assinar um termo de autorização em um birô de crédito desde o dia 18 de maio, quando o projeto foi aprovado pelo Senado Federal. Mesmo assim, o Cadastro Positivo é pouco conhecido pela população.

Até profissionais do setor financeiro ouvidos pela reportagem do Diário do Comércio na Avenida Paulista, em São Paulo, disseram não ter muito conhecimento sobre o assunto. De dez entrevistados, seis afirmaram ter alguma informação sobre o projeto, por jornal, TV ou internet. E quatro tiveram de ouvir uma explicação da reportagem para emitir uma opinião. Uma percepção comum entre os entrevistados é a de que o Cadastro Positivo pode diferenciar as pessoas e até mesmo comprometer a privacidade.

O bancário Délcio Miyashiro, de 54 anos, disse ter conhecimento sobre o cadastro, mas não muito. “Parece um projeto bom porque hoje todos pagam por causa de alguns”, disse.

De fato, o cálculo das taxas de juros inclui o risco, ou seja, a probabilidade de uma parte dos consumidores não pagarem um empréstimo ou financiamento. “É como o consumo de água em um edifício. No rateio da conta, o morador solteiro paga pela média dos outros, ou seja, o mesmo valor que uma família inteira paga por mês. Com o hidrômetro, que mede o consumo individual, cada um paga conforme seu comportamento. Assim ocorre com o Cadastro Positivo”, afirmou o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo.