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Brasil decide a vaga na maior fábrica de gatos do país.

Guarulhos, 14 de novembro de 2001

DivulgaçãoEscolhido como palco para o último e decisivo jogo da seleção brasileira nas eliminatórias para a Copa-2002, o Maranhão ganhou notoriedade no cenário do futebol nacional neste ano por motivo nefasto.

A CPI da CBF/Nike, que funcionou na Câmara dos Deputados, apontou o Estado como a maior fábrica de “gatos” _jogadores com documentos de identidade falsificados para diminuir a idade_ do país.

Um relatório dos deputados indicou que Carlos Alberto Ferreira, presidente da Federação Maranhense de Futebol, Antônio José Cassas de Lima, vice, e Raimundo Nonato Pereira, diretor-tesoureiro, praticaram crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e feriram o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Na maior parte dos casos de fraude, os atletas tinham menos de 18 anos quando da adulteração de seus documentos.

Outras seis pessoas, entre dirigentes e empresários, que também teriam atuado no esquema, tiveram indiciamento pedido pela Comissão.

O vice da Federação, José Cassas de Lima, chegou a ser preso durante audiência da CPI, mas acabou liberado por falta de provas e continua ocupando o cargo.

Entre casos de gatos famosos saídos do Maranhão estão o de Sandro Hiroshi, atacante do São Paulo, Preto, zagueiro do Santos, e Anaílson, meia do São Caetano.

O Estado chegou a exportar dois gatos para a Copa do Mundo de 1998: o lateral-esquerdo Clayton, que defendeu a Tunísia, e o atacante Oliveira, naturalizado belga.