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Bebê de sete meses é contaminado por anthrax.

Guarulhos, 16 de outubro de 2001

AFPAs autoridades americanas confirmaram na noite desta segunda-feira mais dois casos de pessoascontaminadas pela bactéria anthrax nos Estados Unidos. Na Flórida, mais um funcionário foi contaminado dentro do escritório da editora American Media, o segundo apenas naquele local. Em Nova York, um bebê de sete meses testou positivo para anthrax. Ele é filho de uma produtora da equipe de jornalismo da rede ABC, em Nova York. É o segundo caso em três dias nas grandes redes de televisão de Nova York.

O funcionário contaminado em Boca Ratón, na Flórida, tem 73 anos e está internado. Ernesto Blanco foi contaminado com anthrax inalado, a forma mais grave e perigosa da doença. Um funcionário da American Media já morreu em decorrência de contaminação do mesmo tipo. Blanco já estava no hospital havia duas semanas com suspeita da doença, mas apenas na segunda-feira sua contaminação foi confirmada. “É um caso atípico de anthrax”, explicou a médica Julie Gerberding, do Centro de Controle de Doenças (CDC).

Em Nova York, a notícia da contaminação do bebê foi dada pelo presidente da emissora ABC, David Westin. O nome da criança não foi divulgado. Ele teria estado em pelo menos dois andares do prédio em que funciona o departamento de jornalismo em 28 de setembro. A possibilidade de contaminação fora da emissora não foi descartada. Porém, como já houve um caso confirmado da doença na sede da concorrente NBC na mesma cidade, essa hipótese vem sendo vista como improvável.

De acordo com Westin, o bebê foi contaminado por anthrax cutânea, a forma menos perigosa da doença. Ele está respondendo bem ao tratamento e seu prognóstico é excelente, disse Westin. Nesta segunda-feira, o pânico pela onda de casos de anthrax chegou ao Congresso dos Estados Unidos. O líder democrata no Senado, Tom Daschle, recebeu uma carta com a bactéria. Quatro casos de contaminação por anthrax já foram confirmados desde os atentados de 11 de setembro.