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Arrecadação federal é recorde

Guarulhos, 19 de outubro de 2007

Nos nove primeiros meses do ano, o governo federal arrecadou R$ 429,9 bilhões, uma elevação real de quase 10% em relação ao mesmo período de 2006.

Levando em conta a inflação no período, o governo arrecadou R$ 435 bilhões até setembro. Esse valor é praticamente o mesmo do total arrecadado em 2003, que chegou a R$ 440,7 bilhões. A arrecadação em setembro somou R$ 48,5 bilhões, uma alta de 4,14% na comparação com o mesmo mês do ano passado, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa soma é recorde para o mês. Por hora, a arrecada-ção em setembro foi de R$ 67.361.111,00.

Só com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo embolsou o montante de R$ 27,3 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Em setembro, foram R$ 3,13 bilhões. A previsão é de que a CPMF gere R$ 36 bilhões neste ano para a administração central.

IR e IPI – Segundo a Receita Federal, a arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) foi a principal responsável pela elevação observada ao longo do ano.

Relatório divulgado pela Receita mencionou o aumento de 22,4% no volume de vendas de carros ao mercado interno. O dinheiro originado com o IPI cresceu mais de 15% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com o Imposto de Renda da Pessoa Física, houve um ganho real pouco superior a 35%. A Receita citou “o comportamento relativo ao item ganho de capital na alienação de bens” para justificar a elevação da arrecadação do IR.

No Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), houve um crescimento real de 12,5%, e na Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), a elevação foi de 11,96%.

Os setores que mais contribuíram para o aumento de arrecadação de IRPJ e CSLL foram, em relação ao período de janeiro a setembro de 2006, fabricação de veículos automotores (avanço de 111%), telecomunicações (52%) e financeiro (39%).

Para a Receita, o crescimento da arrecadação se deveu ao reflexo do cenário macroeconômico positivo. O relatório mencionou um levantamento, feito pela consultoria Economática, sobre o desempenho de 147 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Houve uma alta na rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 37,3%, ante igual período de 2006.