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Abertura dos mercados é menos pressionada

Guarulhos, 08 de março de 2002

A apreensão do mercado financeiro com o cenário político foi amortecida nesta sexta-feira, pela avaliação de que o governo contornou, pelo menos no curto prazo, a crise instaurada na base aliada. Saíram os ministros do PFL, mas ficaram alguns indicados pelo partido em outras instâncias do poder. É o caso do presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carrazai, e o secretário da Receita, Everado Maciel.

“Não houve declaração de guerra, pelo menos por enquanto”, observa um operador. É por isso que a abertura dos negócios hoje promete ser tranquila. Mas as atenções do mercado continuarão voltadas para o noticiário vindo de Brasília. “Fica a sensação de que há muita coisa por baixo do tapete que pode vir à tona a qualquer momento”, observa um operador.

Também é motivo de apreensão a dúvida sobre a votação da manutenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2004 e isenção do imposto nas operações realizadas na bolsa. O PFL disse ontem que a bancada não votará a PEC na próxima terça-feira. “O mercado continuará atento e sensível ao desenrolar dessa crise”, afirma um profissional.

No cenário externo há informações de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda não está satisfeito com os esforços do governo argentino. Nos Estados Unidos está prevista a divulgação de dados do desemprego e a maioria dos analistas acredita num crescimento do número de desocupados.

Lucinda Pinto e Cristina Canas