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Cresce remuneração no setor das micro e pequenas

Guarulhos, 07 de dezembro de 2011

Os salários pagos pelas micro e pequenas empresas a seus empregados já somam 40% da massa salarial do País. Essas remunerações cresceram 14,3% entre 2000 e 2010 em números reais (já descontada a inflação do período),  quase três vezes mais que os salários  das médias e grandes empresas, que tiveram reajuste de 4,3% em igual período.

Com isso, caiu a diferença entre a remuneração dos dois grupos – micro e pequenos negócios, que pagavam salários 43,8% menores que as empresas de porte maior em 2000, diminuíram o desnível para 38,4% a menos em 2010.
 
Esse é o resultado considerado o mais positivo da última década, de acordo com a análise do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, documento elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado ontem em São Paulo.
 
Esse avanço é consequência, na avaliação de Luiz Barreto, presidente do Sebrae Nacional, da política de aumento do salário-mínimo, do fortalecimento do mercado interno e do crescimento da classe C.
 
De acordo com o documento, os salários médios pagos pelas micro e pequenas empresas passaram de R$ 961 em 2000 para R$ 1.099 em 2010. Nas médias e grandes, eles subiram de R$ 1.771 para R$ 1.786 nesse intervalo.
 
As micro e pequenas empresas criaram 6,1 milhões de empregos com carteira assinada na última década, segundo o Anuário do Trabalho. No total, o número de empregos fornecidos por essas empresas cresceu 70,9% no período, subindo de 8,6 milhões em 2000 para 14,7 milhões em 2010. Esses postos representam 52% dos empregos ativos no setor privado brasileiro.
 
O número de micro e pequenas empresas no Brasil cresceu 45,2% em uma década, ao passar de 4,2 milhões de estabelecimentos em 2000, para 6,1 milhões em 2010.