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Confiança das Micro e Pequenas Empresas no Brasil aumenta

Guarulhos, 13 de novembro de 2012

O otimismo das micro e pequenas empresas (MPE) no Brasil registrou em outubro 124 pontos, a mais alta pontuação desde que o Índice de Confiança das MPE no Brasil (ICMPE) começou a ser calculado, em abril deste ano – 72% dos pequenos negócios estão prevendo faturamento maior até dezembro e 26% desses negócios planejam contratar mais funcionários até dezembro. O resultado é apurado pelo Sebrae a partir de uma pesquisa com 5,6 mil pequenos negócios em todo o Brasil – microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, que faturam no máximo R$ 3,6 milhões por ano.

“A confiança dos pequenos negócios na expansão das atividades representa um impacto muito positivo para a economia do país, já que este segmento representa 99% das empresas brasileiras”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Baretto.

O ICMPE é medido em uma escala que varia de 0 a 200. Acima de 100, indica tendência à expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor aponta para uma possível retração. O otimismo registrado em outubro é 10% superior aos dos meses de maio e junho, quando a confiança não passou de 112 pontos.

Comércio e serviços são os setores que mais acreditam no cenário econômico brasileiro, com 124 pontos registrados, seguidos pela construção civil (123); e indústria (121). A alta confiança tem como reflexo a perspectiva de melhoria nas vendas de final de ano, beneficiadas nos últimos meses pela queda dos juros e dos impostos concedidos pelo governo, a exemplo da redução do IPI para a compra de automóveis e eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, fogões etc.)

Os Microempreendedores Individuais (MEI) – que faturam no máximo R$ 60 mil ao ano – apresentam o maior nível de confiança em outubro: 127 pontos, seguidos pelas Empresas de Pequeno Porte – que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões por ano – com 126 pontos, e pelas Microempresas – com receita anual entre R$ 60 mil e R$ 360 mil – com 121 pontos.

A Região Nordeste concentra o maior índice de otimismo entre as MPE, com 130 pontos. Em seguida, vêm as regiões Norte (127), Centro Oeste (125), Sul (123) e Sudeste (121). O alto índice apresentado entre os estados do Norte e Nordeste brasileiro se justifica por serem proporcionalmente os mais beneficiados pelos programas sociais do governo federal, tais como Bolsa Família, a política de aumento do salário mínimo, e pela melhora dos rendimentos médios dos trabalhadores na economia brasileira.

No mês de setembro de 2012, 30% das empresas pesquisadas registraram aumento no faturamento frente ao mês anterior, 24% registraram diminuição e 46% estabilidade. O setor de serviços e a região Nordeste foram os destaques positivos. Quanto ao pessoal ocupado, em setembro, 7% das empresas entrevistadas registraram aumento, 7% registraram diminuição e 86% estabilidade.

Método – O Índice de Confiança das MPE no Brasil é calculado mensalmente pelo Sebrae, a partir de uma amostra planejada de 5.600 empreendimentos, entre microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. A pesquisa apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais para a média dos dados nacionais e 7 pontos percentuais para a média dos dados estaduais, com um nível de confiança de 95%.

O Índice resulta da média de dois outros indicadores: o Indicador de Situação Atual (ISA), considerando a atividade – faturamento e pessoal ocupado – no mês analisado comparado ao anterior, e o Indicador de Situação Esperada (ISE), abordando as perspectivas para os três meses seguintes. São quatro questões – duas sobre faturamento e duas sobre emprego – e três únicas respostas: se houve aumento, redução ou estabilidade.

As respostas são me­didas numa escala de 0 a 200, onde 100 é o ponto de equilíbrio. Acima de 100, o resul­tado é considerado positivo, com tendência de expansão das atividades. A metodo­logia foi criada pelo Sebrae com base nos indicadores de confiança da Universidade de Michigan e no Conference Board dos Estados Unidos, referência mundial em pesquisas econômicas. As entrevistas são feitas por telefone e contam com parceria da Fundação Instituto de Pesquisas Eco­nômicas (Fipe).

A pesquisa tem abrangência nacional e também detalha alguns dados por re­gião e estados, além de avaliar os dados por setor (indústria, comércio, constru­ção civil e serviços) e porte (microempre­endedor individual, que fatura até R$ 60 mil por ano; microempresa, até R$ 360 mil por ano; e pequena empresa, até R$ 3,6 milhões por ano). A margem de erro é de dois pontos percentuais, no caso dos dados nacio­nais; de 2,5 pontos percentuais, nas informações nacionais setoriais; e de sete pontos percentuais, no dado esta­dual geral.