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Microempresa já é a maior

Guarulhos, 03 de outubro de 2012

Quase metade dos negócios ativos no País (49,95%) é formada por Microempreendedores Individuais (MEIs) e Empresários Individuais, aponta o Censo das Empresas e Entidades Públicas e Privadas Brasileiras (o “Empresômetro”), do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O regime de baixa burocracia e baixo custo para instituir esse tipo de negócio explica o aumento, apesar de a modalidade jurídica ser relativamente nova, disse o coordenador de estudos do IBPT Gilberto Luiz do Amaral.

Porém, com o passar do tempo, esse número vai diminuir, pelo aumento da transformação desses MEIs em empresas de micro e pequeno portes. Muitos deles já ultrapassaram a receita anual de R$ 60 mil e migraram para o regime do Simples Nacional, ou fizeram transição direta para o Lucro Presumido. É um número ainda pequeno, em torno de 0,2%, mas que cresce mês a mês, cada vez mais.

Outro dado importante do perfil do empreendedor brasileiro é a diminuição da mortalidade das empresas no primeiro ano de atividades, segundo o estudo do IBPT. Na década de 70, quando o Brasil viveu o período do “Milagre Econômico”, esse índice era de 29,15%. Hoje, época em que o País passa por outro momento de crescimento econômico, esse índice caiu para 15,41%.

O aumento do acesso ao crédito a partir da década passada, a instituição do Simples Nacional – que diminuiu a burocracia para a formação de pequenos empreendimentos – e a tecnologia, que permitiu o acesso a programas do governo que facilitam a atividade do empreendedor, explicam essa queda. O dado positivo é que, consequentemente, aumentou a idade média das empresas para 8,7 anos, ante 5,2, na década de 70.

Em relação à atividade econômica, o Empresômetro indica que 43,91% dos empreendimentos estão no ramo de serviços. Outros 42,07% estão no comércio, e 7,16% na Indústria. A grande quantidade de empreendimentos no setor de serviços (mais de 5,6 milhões) é explicada pela predominância de micro e pequenos negócios no total de empresas (85%). “Para novos empreendedores, esse é um tipo de atividade que demanda menor capital, não precisa de local específico para exercê-la. Por isso a tendência é de se manter em alta”, completou Amaral.