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No inverno, fera não descansa

Guarulhos, 30 de junho de 2011

O clima frio chegou, e com ele, a necessidade de usar cachecol, botas, cobertor. É época de matar a vontade de comer fondue, chocolate, tomar sopa e aproveitar as festas juninas, com o pé de moleque ou o quentão. Mas também neste período o consumidor paga os impostos incidentes em todos os produtos e às vezes nem percebe.

Cobertor – Quem entrar em uma loja e se apaixonar por uma bota vai pagar 36,17% só de imposto. A sopa de pacotinho, ótima para esquentar as noites frias, tem alíquota de 34,35%. Na hora de dormir, mais imposto: a incidência sobre o edredon é de 36,22%; a do cobertor, 26,05%. Nem quem pegar uma gripe se livra da tributação: 38,93% do preço de um termômetro são impostos; do xarope para tosse, 34,8%.

O cálculo da mordida do Leão é feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). De acordo com o presidente do IBPT, João Eloi Olenique, se os consumidores soubessem o quanto pagam de impostos, teriam condições de cobrar o retorno dos recursos em serviços públicos de qualidade. “O Projeto de Lei 1.472, de 2007, está parado na Câmara. A ideia é que a alíquota paga em cada um dos itens seja especificada na nota fiscal”, disse Olenique.