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Nas festas de São João quem se diverte mesmo é o Leão

Guarulhos, 25 de junho de 2010

As festas juninas, que acontecem neste mês em todo o País, podem levar a Receita Federal do Brasil (RFB) a bater novo recorde de arrecadação mensal de impostos.

Se depender do percentual de tributos embutidos nos preços finais dos produtos vendidos nos arraiais, a mordida do leão será bastante expressiva.

Cachaça, fogos de artifícios e quentão (veja quadro ao lado) lideram a lista dos produtos com maior margem de impostos embutidos, segundo estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Do preço total da cachaça, 81,87% são impostos e no de fogos e quentão, 61,56%, apesar de serem classificados como produtos supérfluos e até prejudiciais à saúde pela Receita Federal.

No entanto, o apetite do leão se estende às delícias inofensivas, como amendoim, pé-de-moleque, canjica e o milho cozido . O produto com menor margem de impostos é o cachorro quente (15,28%).

“Em uma festa junina, as pessoas não sabem que estão pagando impostos ao consumir alimentos e bebidas e ao usar trajes típicos”, disse o  presidente do IBPT, João Eloi Olenike.

De acordo com ele, se trata de mais um caso de tributação silenciosa, referindo-se ao tipo de taxação não percebida claramente pelos consumidores finais.

Ainda segundo a avaliação do presidente do instituto, não houve alteração significativa nesses itens em relação aos impostos cobrados em junho do ano passado.