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Determinação do TRT põe fim à greve de ônibus e as negociações recomeçam

Guarulhos, 21 de maio de 2010

A reunião conciliatória entre o Sindicato dos Condutores Rodoviários de Guarulhos (Sincoverg) e Guarupas terminou com a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para o fim imediato da greve dos motoristas e cobradores de ônibus do município, que já estava em seu segundo dia. Assim, o serviço de transporte público retomou a normalização no final da tarde de ontem. Hoje, uma nova reunião acontece às 9h na sede do TRT para início das negociações entre as partes, com prazo de sete dias para um acordo.

Na reunião, foi decidido que se a paralisação fosse mantida, o Sincoverg seria punido com multa diária de R$ 200 mil, desconto dos dias parados e suspensão dos pagamentos e do descanso semanal remunerado (DSR) dos trabalhadores grevistas, além da autorização das empresas para demissão, já que se trata de um serviço indispensável à população.

A determinação do desembargador vice-presidente judicial, Nélson Nazar, propõe que, com a retomada das atividades, haverá compensação dos dias de paralisação mediante acordo comum com os empregadores. Também deverá ser mantida a manutenção de um canal de negociação com cinco sindicalistas e cinco representantes do empregador.

Os ônibus começaram a sair das garagens no final da tarde de ontem. Na reunião entre as partes hoje, serão discutidos os percentuais de aumento e outras reivindicações da categoria. O sindicato reivindicava 14% de reajuste.

O Guarulhos Hoje tentou contato com a direção do Sincoverg, mas, até o fechamento desta edição, não obteve sucesso.

Transtornos – No segundo dia de paralisações, os usuários do transporte público sentiram menos os impactos da greve. Enquanto as lotações permaneciam operando com frota total nas ruas, uma liminar obtida pela Guarupas determinava a circulação de 30% da frota de ônibus das empresas.

Com viaturas da Força Tática da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM) em frente às garagens, a movimentação foi tranquila. A maior concentração de grevistas aconteceu na Transguarulhense, no Bela Vista, porém, sem nenhum registro de confrontos com a polícia.

Nas garagens das empresas, sindicalistas controlavam a entrada e saída de ônibus, para garantir o funcionamento de apenas 30%. “Temos que ficar de olho para não saírem mais carros do que a liminar determina”, afirmou o sindicalista Robson Inamoto, 41.

Lotações sem cartão – Os passageiros que optavam pelas lotações encontraram dificuldades no uso de cartões. Como os veículos trabalham por turnos, os carros que circulam no período da tarde e estavam, emergencialmente, atendendo pela manhã, não aceitavam cartões já que as catracas encontravam-se travadas. O mesmo aconteceu no período da tarde, com as vans que operam de manhã.