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Falta de água vira rotina em vários bairros de Guarulhos

Guarulhos, 14 de janeiro de 2010

Além das altas temperaturas típicas do verão, guarulhenses que moram em determinadas regiões do município são obrigados a conviver, frequentemente, com a falta de água. De acordo com informações apuradas pelo Guarulhos Hoje, alguns bairros prejudicados são Cocaia, Jardim São João, Parque Jurema, Parque Alvorada e Jardim Santa Mena. Nestes bairros, moradores relatam que chega a faltar água por mais de 24 horas e criticam os serviços prestados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que não se pronunciou.

A dona de casa Andréia Carbonesi, 35 anos, moradora do Cocaia, se diz indignada com a falha no abastecimento. “O problema é antigo e o Saae não toma nenhuma providência para resolver. No último domingo, a água acabou às 9h e só voltou às 1h da segunda. Fiquei sem água o dia inteiro, só fui tomar banho de madrugada. O pior é que isso acontece sempre, quase todos os dias”, reclama.

No Parque Alvorada, a população se queixa de situação semelhante, já que no bairro é comum faltar água a cada um dia. Em alguns casos, o problema só não é maior porque os moradores criaram seus próprios reservatórios. “Dia sim, dia não, a água acaba. Hoje mesmo não tem. Minha casa não é tão prejudicada porque tenho duas caixas dágua, uma de 500 litros e outra de 750 litros. Sou prevenida de tanto sofrer com o problema”, relata a dona de casa Arlete Almeida, 65.

Em outra região da cidade, no Jardim São João, a costureira Erivânia Bispo, 37, reclama ainda de uma cobrança indevida por parte do Saae. “Este mês a conta de água veio R$ 356. Estou acostumada a pagar R$ 27. Nem se eu tivesse aberto um lava rápido em casa teria aumentado tanto assim. É um absurdo. O Saae cobra, mas não resolve os problemas. Lá em casa, tive de adaptar mais uma caixa dágua porque todo dia a gente ficava sem água. De uns tempos para cá, melhorou um pouco, mas o problema ainda existe”, diz.

Já no Parque Jurema, a balconista Sandra Araújo, 43, também é afetada pela falha no abastecimento em casa e no trabalho. “Falta água direto em casa e geralmente começa à noite. Na lanchonete onde trabalho, no Parque Alvorada, também acontece o mesmo. Quando vejo que a pressão da água está fraca, economizo para não ficar sem porque a lanchonete fica aberta até à noite e demora para a água voltar”, afirma.

O GH entrou em contato com o Saae, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.