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Oxiobiodegráveis ou biodegráveis? Qual a melhor?

Guarulhos, 17 de abril de 2009

Em menos de três meses os estabelecimentos comerciais terão que se adequar a nova legislação que obriga a utilização de embalagens biodegradáveis para o acondicionamento de seus produtos. Mas, a regra ainda nem está valendo e as dúvidas em torno do assunto são grandes. O mercado oferece alternativas de produtos que não agridem o meio ambiente como, por exemplo, as embalagens oxiobiodegradáveis e as biodegradáveis. Por conta disto, os dirigentes da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE) receberam na quinta-feira, 16, a visita de fabricantes destes produtos para conhecê-los um pouco melhor.


Dirigentes da ACE em ruenião com fabricantes de embalagens degradáveis

A reunião contou com a presença do presidente da ACE, Wilson Lourenço; do vice-presidente de comércio, Jorge Taiar; do diretor de relações institucionais e secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico; Decio Pompêo Junior, do diretor de meio ambiente, Willian Cotrim Paneque; do gerente comercial da empresa Ladal Plásticos e Embalagens, Sidinei Teixeira Leite; do coordenador de Negócios Especialidades Plásticas da BASF, Eliandro Felipe; e da consultora de vendas da New Packing Representação em Embalagens; Lígia Maria Geraldo.

Os especialistas explicaram aos dirigentes da Associação Comercial as principais diferenças entre as embalagens oxiobiodegradáveis e biodegradáveis. Segundo eles, o produto oxiobiodegradavel é oriundo da mesma produção das tradicionais sacolas plásticas, com uma diferença: a adição de uma espécie de sal que facilita a degradação somente a partir da luz solar e do oxigênio.

Para Eliandro Barbosa Felipe, da BASF, a melhor alternativa seria as embalagens biodegradáveis e compostáveis, que ao serem levadas a aterros sanitários se degradarão com mais facilidade porque possui em sua composição materiais renováveis, como o amido de milho. Barbosa explicou que 90% da massa destes produtos ao se decomporem tornam-se gás carbono e água e os outros 10% transformam-se em adubo orgânico. “Ainda não existe demanda para produção deste tipo de embalagem e por isso elas custam até três vezes mais que as tradicionais sacolas plásticas”, disse.

Já Sidinei Texeira Leite, da Ladal, aposta na conscientização da população como meio de defender a natureza. “Precisamos de uma ação conjunta de educação ambiental que aposte na coleta seletiva”, falou.

“A lei teria que contemplar outras opções de embalagens, desta forma ela fomentaria a cultura da coleta seletiva na cidade”, completou o diretor de meio-ambiente da ACE, William Paneque.

Preocupado com o bolso do comerciante que poderá pagar mais caro pelo produto e, sobretudo, por conta das penalidades que poderão sofrer caso não se adequem, o presidente Wilson Lourenço propôs um encontro, em junho, para debater melhor o assunto. “Somos favoráveis as ações que defendam o meio-ambiente, mas não podemos deixar de debater melhor o tema antes de sua implantação. Por isso vamos chamar especialistas, autoridades municipais e os comerciantes para elucidarem o assunto”, contou.