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Setor de merchandising quer exportar

Guarulhos, 06 de agosto de 2007

Um grupo de empresas brasileiras especializadas em merchandising, representado pela entidade do setor, o Popai Brasil, integrou-se ao projeto Graphics Arts Industry Alliance (Graphia) de olho no potencial de venda para novos mercados, especialmente na América do Sul e México

A parceria ganhou contornos em junho último e permitirá, já neste ano, que as empresas participem de uma grande feira do setor, a In Store, programada para o final de setembro em Chicago (EUA).

O projeto, em seu quarto ano de atividade, facilita e estimula as exportações por meio da presença em feiras e missões comerciais. O Graphia é fruto de parceria entre a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

“Temos três grupos dentro do projeto: o de papelaria, o editorial e o de embalagens. As empresas de merchandising entram como um outro grupo, denominado Pop”, explica o gerente de embalagens do Graphia, Daniel Hsu.

O evento, explica o gerente, reúne 30 empresas do setor gráfico e tem investimento total de R$ 2 milhões – metade subsidiada pela Apex. Segundo contabiliza Hsu, só o grupo de embalagens acumulou, durante o ano todo de 2006 até junho último, exportações equivalentes a US$ 1,2 milhão. “E temos acertados mais US$ 600 mil para os próximos meses”.

Parcerias – O empresário Sergio Brusco, da Escala 7, participa do Graphia há três anos. Ele aderiu ao projeto interessado em exportar as embalagens que fabrica. Hoje, além delas, produz displays para ponto-de-venda. Vice-presidente de gestão do Popai Brasil, ele foi um dos articuladores da adesão do grupo de merchandising ao projeto da Abigraf.

O empresário afirma que a participação da Escola 7 nas feiras do setor já lhe rendeu negócios. Por enquanto, as exportações não representam nem 1% do faturamento. A meta do empresário, no entanto, é que esse percentual varie entre 10% e 15% dentro de dois ou três anos.

Futuro – “O Popai Brasil persegue essa parceria com a Apex há muito tempo”, diz o presidente da entidade, Chan Wook Min. A dificuldade, explica, era compor um grupo com esse objetivo. Nesta primeira etapa, apenas cinco empresas participam da empreitada.

A exportação brasileira de produtos acabados para o merchandising de ponto-de-venda ainda é incipiente, feita basicamente por iniciativas individuais, diz o presidente do Popai Brasil. “Como associação, temos que olhar cinco anos à frente. Participar do projeto Graphia é um aprendizado. Para exportar é preciso entender os mercados”, ressalta. Segundo o executivo, os países da América Latina estão entre os mercados mais interessantes para o setor.

O gerente do grupo de embalagens, Daniel Hsu, explica que o projeto tem, neste ano, ações concentradas na América do Sul e México. Na etapa seguinte também fará prospecções nos Estados Unidos.

“As embalagens e os produto de ponto-de-venda produzidos no Brasil têm muitas possibilidades no México, pela qualidade que apresentam e pela criatividade no design”, analisa Hsu, com base nas observações feitas durante recente feira do setor naquele país.

É para o México, aliás, que Sergio Brusco despacha um lote de displays, até o dia 15 de agosto, para servirem de expositores em uma rede norte-americana com negócios naquele país, a Office Depot, semelhante à brasileira Kalunga.