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Vendas do comércio guarulhense foram modestas

Guarulhos, 29 de dezembro de 2005

Isto é o que demonstra os números divulgados pela Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE) para as vendas do comércio no fim de ano

O guarulhense escolheu comprar a prazo neste Natal. Isto é o que mostra os números do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE), que apresenta um aumento em relação ao mês de dezembro de 2004. Mesmo assim a venda no comércio neste Natal foram modestas.

Segundo os números da entidade, a consulta ao SCPC, um termômetro das vendas à prazo e que sinaliza as compras de bens de valor, teve um aumento de 8,10%. Neste mês de Natal foram consultados 37.751 cadastros de consumidores. Em 2004 este número foi de 34.935.

Já em outro serviço da ACE, o USECheque, considerado um termômetro das vendas à vista e que sinaliza para as compras de produtos de menor valor, os números em relação ao mesmo período apresentam uma pequena queda de 0,04%. Neste ano foram consultados pelo serviço 25.586 cadastros de consumidores. Em 2004 foram consultados 25.690.

O presidente da ACE, Décio Pompêo Junior, disse que esperava um resultado melhor do comércio neste ano.

“Apesar de vermos um grande número de consumidores nas ruas, ou até mesmo nos shoppings, observamos que as compras foram modestas. Isso nos mostra que muitos consumidores ainda possuem dívidas para pagarem. A melhora da situação econômica do país, que vive um dos seus melhores momentos, ainda não chegou ao bolso da população”, afirmou.

Já o superintendente da ACE, Maurici Dias Gomes, confirmou que a situação do país contribuiu para a discrição dos consumidores.

“As possíveis conseqüências que levaram o comércio a ter um momento mais discreto pode ter sido devido a política monetária desfavorável ao crédito, que conseqüentemente gera um menor consumo, uma vez que a taxa de juros se encontra muito elevada em torno de 18%, mesmo que os números do SCPC mostrem um aumento das vendas a prazo. Outro problema apontado foi o uso do 13° salário para pagamentos de dívidas, o que fez com que muitos consumidores comprassem apenas lembrancinhas, artigos de vestuários e calçados”, disse.