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FMI prevê crescimento menor da economia mundial

Guarulhos, 22 de novembro de 2004

O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu suas expectativas para o crescimento da economia mundial em 2005 devido aos preços recordes do petróleo e ao déficit orçamentário dos EUA, disse o diretor-gerente do Fundo, Rodrigo Rato.

A atual expectativa do FMI para o crescimento da economia mundial no próximo ano é de cerca de 4%, contra 4,3% da estimativa anterior, divulgada em 29 de setembro.

A previsão, no entanto, “não deve cair abaixo de 4%”, disse Rato, segundo o jornal alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, comentando a reunião do G20 (grupo de países em desenvolvimento liderado por Brasil e Índia) ocorrida no fim-de-semana, em Berlim.

O diretor do Fundo destacou, segundo o jornal alemão, que muitos países europeus hoje apresentam fracas taxas de crescimento, inferiores a 2%, mesmo com condições econômicas favoráveis.

Rato disse que para esses países de fraco desempenho econômico, como a Alemanha, por exemplo, é preciso aumentar tanto a flexibilidade das normas trabalhistas quanto a competitividade das empresas nos mercados externos, além de uma reforma em seus serviços públicos.

Em um comunicado ao final da reunião, os países do G20 elogiaram os “numerosos países que introduziram mudanças estruturais para promover um crescimento sustentado”, mas destacaram que “os riscos de redução do crescimento econômico aumentaram devido à volatilidade dos preços do petróleo, aos desequilíbrios externos e às preocupações geopolíticas”.

Crescimento

O crescimento econômico na Europa e no Japão foi menor no terceiro trimestre deste ano que nos trimestres anteriores. Mesmo nos EUA, o PIB (Produto Interno Bruto) teve crescimento de 3,7%, abaixo do esperado pelos analistas.

O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, pediu aos EUA na reunião que reduzam seu déficit, culpado, segundo Schroeder, pela alta do euro em relação ao dólar – o que prejudica as exportações européias.

Já o crescimento da economia da zona do euro foi de 0,3% anualizado no terceiro trimestre. O euro atingiu a cotação recorde de US$ 1,3074 na quinta-feira (18).

No Japão, o crescimento anualizado no terceiro trimestre também foi de 0,3%, o que ocasionou cortes de gastos com equipamentos nas manufaturas. O crescimento das exportações no período foi o menor em quase três anos.

Já o petróleo atingiu o valor recorde de US$ 55,67 no mês passado, o que impulsionou os preços dos combustíveis – e reduziu os gastos dos consumidores com outros produtos.

Com agências internacionais

Vinicius Albuquerque