Notícias

Exportação dá impulso ao setor de bens de capital

Guarulhos, 23 de junho de 2004

A produção de bens de capital cresce em ritmo acelerado, mas desigual – a demanda do mercado externo é forte e a do mercado interno, ainda fraca e localizada em alguns setores industriais. No primeiro quadrimestre, a produção desse segmento cresceu 22%. As vendas externas aumentaram 40% e as importações, 6,8%, indicando um consumo doméstico em recuperação lenta. A multinacional ABB estaria com 50% de sua capacidade ociosa se não estivesse exportando.

A Associação Brasileirada Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) vê sinais de substituição de importações no setor e ampliou a previsão de faturamento deste ano de 6% a 8% para 8% a 10%. Entre 2003 e o início de 2004, a participação doméstica no setor cresceu de 62,2% para 64%.

Para José Augusto Marques, presidente da associação das indústria de base, as empresas com forte perfil exportador estão sustentando as encomendas. Os pedidos estão concentrados em automação e robótica, vindos essencialmente dos setores de mineração, siderurgia, petróleo e gás e papel e celulose.

A reação ainda tímida em máquinas pode ganhar estímulo com um maior desembolso do BNDES para infra-estrutura. O banco reservou US$ 10 bilhões para 253 projetos em 2004. Se cumprir os 70% do orçamento ainda não executados, os desembolsos serão 59% maiores que os R$ 6,3 bilhões de 2003.

Gustavo Faleiros e Cláudia Schüffner