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Vale refeição em papel é aposentado

Guarulhos, 09 de fevereiro de 2004

As empresas de benefício refeição também se renderam às facilidades oferecidas pelos cartões. As líderes do mercado, Ticket (do grupo Accor) e VR já trabalham com o plástico no segmento de vale alimentação e investem cada vez mais em campanhas para substituir o papel usado em vales refeição por um cartão de benefício

A migração tem por objetivo diminuir o número de falsificações, comum no caso de papel, e minimizar prejuízos ocasionados por roubo, além de facilitar a vida de usuários e estabelecimentos credenciados.

No caso de estabelecimentos comerciais, o credenciamento a uma empresa que faz uso do cartão permitirá a concentração dos recebimentos em um único aparelho. Isso significará de cara a aposentadoria da calculadora, usada para somar as pilhas de vales refeição recebidos, já que o maquinário informará automaticamente o valor creditado no período.

O consumidor também levará vantagem na troca. “Não precisará mais, por exemplo, acumular contra-vales de lugares que nunca mais pretende voltar. E terá na carteira um único produto, em vez de uma centena de papéis de benefício refeição”, diz Carlos César Coutinho, diretor-geral do Grupo VR.

E se a preocupação é com o que fazer se sobrar crédito no cartão até a próxima recarga, o consumidor pode respirar aliviado. Ao contrário dos telefones celulares pré-pagos, em que há prazo para o uso do crédito, no cartão benefício é possível acumular crédito enquanto houver vínculo com a empresa que o contratou.

Desvantagem – O lado ruim do produto é que funcionários de pequenas empresas terão que carregar o produto em postos da VR, localizados em locais de grande circulação. Médias e grandes empresas, em que o número de funcionários tende em ser alto, poderão instalar a máquina na própria empresa. Para o estabelecimento comercial o novo produto também tem um lado ruim: o aluguel da máquina para a captação das transações, que custa em média R$ 29 ao mês.

Até o final deste ano, a intenção da VR é fazer a troca do produto para 600 mil usuários e concluir todo o processo de migração até o final de 2005. A Ticket foi a primeira a iniciar o processo de migração.

Adriana Gavaça