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Pequenas empresas de tecnologia terão apoio

Guarulhos, 30 de setembro de 2003

O BNDES, o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) assinaram um protocolo de intenções para a formulação de um programa visando o apoio ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas de base tecnológica. Uma comissão integrada por representantes das três instituições apresentará um projeto que estruture o programa de apoio.

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou que a iniciativa será um instrumento para tornar a economia brasileira mais competitiva no cenário internacional, consolidando canais que transfiram para o setor produtivo o conhecimento gerado em centros de pesquisa. “O conhecimento tecnológico agrega valor aos produtos. Essa é a forma de o país fortalecer seu parque industrial e poder vencer o desafio da globalização”, disse Lessa.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, disse que o Brasil já dispõe de centros avançados de pesquisa científica, mas que isso ainda não foi suficiente para a superação da defasagem tecnológica, fator que separa os países emergentes dos desenvolvidos. “Essa união entre o MCT, o BNDES e a Finep tem o objetivo de transformar o conhecimento em tecnologia avançada para o setor industrial. O desenvolvimento das idéias em tecnologia se dá por meio das micro e pequenas empresas de base tecnológica”, afirmou Roberto Amaral, que estimou que cerca de mil empresas desse tipo estarão constituídas nos próximos quatro anos, como fruto do trabalho conjunto entre as três entidades que firmaram o protocolo de intenções.

Carlos Lessa disse que não há limites orçamentários para a linha de financiamento que o BNDES tornará disponível para o programa de incentivo às micro e pequenas empresas de desenvolvimento de tecnologia. “Podemos dispor de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão, na medida em que houver demanda por recursos”, explicou, enfatizando que a iniciativa está de acordo com as orientações estratégicas do governo federal, que privilegiam ações que diminuam a vulnerabilidade externa da economia brasileira, com ênfase na inclusão social, por meio da geração de emprego e renda.