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Novos radares serão instalados em SP

Guarulhos, 23 de julho de 2003

A partir da primeira semana de agosto, algumas das principais ruas e avenidas de São Paulo serão monitoradas por 40 novos radares móveis – que têm alcance até duas vezes maior que o dos radares fixos, que, atualmente, estão em 40 pontos da cidade.

Na fiscalização por radares fixos, são necessários três aparelhos por ponto (poste onde fica o radar) para monitorar as três faixas da pista onde estão instalados. Com o sistema móvel, será necessário apenas um aparelho por ponto. “A diferença está na tecnologia utilizada. O radar móvel tira mais fotos por segundo”, afirma Maurício Régio, gerente de segurança da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Isso, porém, não significa maior precisão. Nos dois casos, a margem de erro é de 7% – mas a CET considera uma margem ainda maior, de 10%, antes de aplicar as multas.

O novo sistema deve dobrar o número de multas feitas por meio de fiscalização eletrônica – a expectativa da CET é chegar a 100 mil por mês. Isso representaria uma arrecadação de, no mínimo, R$ 12,8 milhões por mês, se fosse considerado o valor mínimo por multa por excesso de velocidade, que é de R$ 127,69.

Gastos

Os radares móveis só representam um gasto maior para a prefeitura do que o sistema atual no que diz respeito ao gerenciamento. Enquanto o governo municipal paga R$ 19,66 por multa para a empresa que operacionaliza os radares fixos – a Engebrás -, o pagamento por multa para o consórcio Monitor, que vai operacionalizar os móveis, é de R$ 26,87. Ou seja, o gasto mensal, que com os fixos é de R$ 980 mil, será de R$ 1,33 milhão só com os móveis.

Entre as primeiras vias que serão monitoradas, estão a marginal Tietê e as avenidas Morumbi (zona sul), Salim Farah Maluf e Jacu-Pêssego (ambas na zona leste).

A meta é reduzir em 10% o número de mortes por acidente de trânsito. No ano passado, foram registradas na capital 1.370 mortes. Em 96, o número era de 2.250.