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Consumo de energia cai, e reajuste extra vai durar mais

Guarulhos, 21 de junho de 2002

A economia voluntária de energia que os consumidores estão fazendo após o fim do racionamento pode fazer com que o aumento extra na conta dure mais tempo.

O aumento extra, de 2,9% para os consumidores residenciais e de 7,9% para as indústrias, foi concedido em dezembro de 2001 e serviu para as empresas recuperarem as perdas de receita que tiveram com o racionamento. Inicialmente, o reajuste iria durar, em média, três anos, mas o governo acabou revendo essa projeção para seis anos.

De acordo com Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor de finanças e relações com investidores da Light, a redução média de consumo na área de concessão da empresa (região metropolitana do Rio de Janeiro) está em 10% em relação ao mercado projetado antes do racionamento.

Entre os consumidores residenciais, disse ele, a redução é de 25%. “Como nosso mercado na classe residencial é mais importante, a redução no faturamento está em 14%”, disse.

Quando o governo fez os cálculos para determinar o tempo médio de duração do reajuste extraordinário, previu que a redução de consumo após o racionamento seria de 7%. Esse número, na verdade, está próximo de 14%. “Antes, nossa previsão era que o aumento extra durasse entre três e quatro anos. Agora não sabemos”, disse Ribeiro Pinto.

HUMBERTO MEDINA