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Variedade das multimarcas conquista varejo de vestuário

Guarulhos, 20 de maio de 2002

artePara concorrer em um mercado bastante competitivo, as lojas de roupas e acessórios estão trabalhando com diversas grifes diferentes em um mesmo endereço, onde é possível misturar estilos e combinar vestuário com acessórios para atender aos clientes mais exigentes. É o chamado comércio das lojas multimarcas. Hoje, estima-se que no País existam mais de 2 mil lojas do gênero. Entre elas, pelo menos 40% estão localizadas em São Paulo. Trata-se de um comércio tão diversificado que pode ser encontrado no atacado, em bazares e lojas que vendem tanto produtos nacionais como importados.

A sócia do Galpão 8, Tania Goldkorn, empresa atacadista que vende roupas e acessórios, vem acompanhando esta tendência no varejo. “Quando começamos, há dois anos, atendíamos a mais de mil clientes. Esse número cresceu porque as lojas cada vez mais querem oferecer aos clientes a comodidade de ter uma boa variedade de produtos”, diz a empresária. Sua loja possui hoje mais de 3 mil clientes em todo o País. Segundo Tânia, são comercializadas cerca de 30 mil peças por mês de todos os tipos de roupas e acessórios. Com isso, só em 2001, a empresa cresceu 60% em relação ao ano anterior e no primeiro trimestre deste ano a Galpão 8 cresceu 33%. A empresa trabalha com grifes como Tessuti, Corporium, Alice Tapajós e Mônica Negreiros.

A empresária Elenise Mansur Willian, proprietária da WS, viu o movimento aumentar quando decidiu aderir às multimarcas, há quatro anos. “Antes trabalhávamos com importados, que não estavam dando retorno. Com a multimarcas conseguimos conquistar novos clientes com roupas para todos os gostos”, diz a empresária que vende em sua loja, desde calças jeans básica a roupa de festa. Com esta alternativa, Elenise conseguiu aumentar em 30% as vendas do primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2001. “Em 2002 prevemos um crescimento de até 50%, comparando com o ano anterior”, comenta.

Uma outra alternativa neste comércio é a venda em megabazares. Márcio Levy, que já administrou as lojas da grife Richard´s , de roupa masculina, trocou a atividade por uma loja itinerante Mix Store no megabazar Q! Bazar, a convite do amigo, Tito Passos, fundador do evento que reúne mais de 40 marcas nacionais e importadas nos principais pavilhões de exposições de São Paulo. A primeira edição do evento, realizada em março, movimentou R$ 7,5 milhões. Nove outras edições devem ocorrer este ano e Levy estará presente à todas elas com sua loja. “Eventos como estes, além de ajudar as confecções a desovar os estoques, têm um grande apelo de venda para as marcas “, diz o empresário. Para a próxima edição do evento, que vai acontecer no final do mês no Jockey Club, em São Paulo, o empresário espera vender 15% a mais que no bazar anterior. Levy trabalha com grifes como Beneton e Eloísa Machado, entre outras.

Nesse mercado também há espaço para os importados. A loja de roupas Just-Kenar, que representa grifes norte-americanas, como KNZ, está diversificando sua atuação para atender clientes como o público jovem. De acordo com a gerente Carolina Guidolim, a mudança, qque é recente, fez com que as vendas da loja aumentassem 40% no primeiro trimestre.

Daniela Nogueira