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Sem CPMF, Governo represa orçamento

Guarulhos, 13 de maio de 2002

Por causa do atraso na autorização do Congresso Nacional para continuar cobrando a CPMF, o Governo federal represou os investimentos previstos no orçamento.

Conforme balanço feito pela Secretaria do Tesouro Nacional, dos R$ 17,7 bilhões previstos para investimentos no ano, apenas R$ 790 milhões foram comprometidos até 31 de março. Além disso, somente R$ 100 milhões, ou menos de 1% da dotação autorizada pelo Congresso, foram liberados para pagamento de empreiteiras e fornecedores no trimestre.

“As obras de praticamente todas as estradas do Brasil estão paradas agora, às vésperas da eleição”, advertiu o deputado Eliseu Resende (PFL-MG). O Governo garante, porém, que as obras estratégicas do programa Avança Brasil serão preservadas.

Lideranças governistas disseram que esta semana retomam “com força total” os entendimentos com parlamentares do PFL para conseguir a aprovação da prorrogação da CPMF no Senado.

Mais de 60% dos eleitores votariam em branco, se houvesse eleições hoje na Argentina. Pesquisa do Ibope OPSM, divulgada ontem, indica que o povo não acredita na política econômica do governo. Para 58% dos entrevistados, as negociações com o FMI deveriam ser suspensas.

O ministro da Fazenda, Roberto Lavagna, foi considerado “ruim” ou “muito ruim” por 64,9% das pessoas ouvidas.

Auditoria do Tribunal de Contas do estado de SP constatou superfaturamento de até 1.150% em obras nos Cadeiões da Marginal do Pinheiros e em Osasco, Santo André, São José dos Campos, Piracicaba e Praia Grande, com prejuízo de US$ 6,5 milhões.

Os contratos foram firmados em 1993, no governo de Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP), entre a Delegacia Geral de Polícia e cinco empreiteiras.

As empresas de energia elétrica estão em compasso de espera. Além de turbulências internas, como a falta de definição da regulamentação para o setor e da expectativa provocada pelas eleições presidenciais, elas enfrentam dificuldades para investir, porque suas controladoras não conseguem recursos no exterior. Os projetos em andamento vão sendo tocados, mas novos empreendimentos são adiados.

O faturamento das lojas de shopping centers com as vendas do Dias das Mães teve expansão de 12% em comparação com o ano passado, impulsionado pelo crescimento das vendas de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e vestuário. Os dados são da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), que registrou, também, aumento de 15% no número de consumidores que circularam pelos shoppings na última semana.

O ex-presidente Jimmy Carter foi recebido ontem oficialmente em Cuba pelo presidente Fidel Castro. Carter é o mais importante político norte-americano a visitar a ilha desde 1959, quando Castro chegou ao poder.

A visita de cinco dias não tem o endosso do presidente George W. Bush, que continua condicionando o fim do embargo à ilha, instalado há 40 anos, à realização de eleições livres.

O primeiro-ministro Ariel Sharon foi vencido ontem dentro de seu partido, o Likud, que rejeitou a proposta de aceitação de um Estado palestino. Ele apoiava a moção como um passo para as negociações de paz. Sharon também dispensou os reservistas que haviam sido convocados para retaliações militares na Faixa de Gaza.

Ontem foi rezada a primeira missa na igreja da Natividade, em Belém, após o cerco de cinco semanas.