Tarifa de celular ficará mais cara
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai aprovar ainda nesta semana o novo reajuste das tarifas dos serviços de telefonia celular para todo o País. O índice autorizado pode chegar a 26,41%, mas a expectativa é de que acabe ficando abaixo desse valor, principalmente pela concorrência que existe no setor.
A tarifa dos celulares será o primeiro preço controlado pelo governo que vai refletir a alta do do dólar e da inflação no ano passado. Ela vai dar também indicações sobre o patamar de reajuste de outras tarifas controladas, como a da telefonia fixa e da energia elétrica.
A decisão sobre o índice de reajuste vai acontecer na reunião ordinária da agência que acontece na próxima quarta-feira (29), em Brasília.
O aumento, cujo índice ainda não está e, discussão, será aplicado também nas ligações feitas de telefones fixos para celulares.
A Anatel ainda está discutindo com as operadoras o índice esperado de reajuste, mas não revelou o valor solicitado pelas empresas de telefonia celular.
A fórmula de cálculo do reajuste, no entanto, leva em conta o Índice Geral de Preços-Disponiblidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que acumulou no ano passado alta de 26,41%. A garantia do uso desse índice na correção está garantido nos contratos que privatizaram o setor.
Índice não deve ser integral
A esperança para o consumidor, no entanto, está que na telefonia móvel a concorrência já está estabelecida. Em algumas regiões, como a cidade e o Estado de São Paulo, há até três operadoras em funcionamento.
Como a concorrência é grande, a expectativa é a de que o índice autorizado não seja completamente repassado ao usuário.
O último reajuste dos celulares ocorreu em fevereiro do ano passado, quando o aumento médio foi de 9,9%, abaixo da inflação acumulada no período, que era de aproximadamente 14%.
O reajuste das operadoras de telefonia fixa, nas chamadas locais (fixo-fixo) e de longa distância ocorre somente em junho.