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Sebrae cria programa de encadeamento produtivo

Guarulhos, 17 de junho de 2014

Criado pelo Sebrae para dinamizar a inserção dos pequenos negócios no universo produtivo das companhias nacionais e multinacionais, o programa Encadeamento Produtivo é uma estratégia que visa aumentar competitividade, competência tecnológica e gestão das empresas, através de relacionamentos cooperativos, de longo prazo e mutuamente atraentes, que se estabelecem entre grandes companhias e pequenas empresas de sua cadeia de valor.

O processo de encadeamento produtivo pode gerar uma série de benefícios. Grandes empresas, garantidas pela maior competitividade do fornecedor, se beneficiam de melhores preços, flexibilidade e agilidade. Também há redução de transportes e logística, otimização de investimentos para o desenvolvimento da base fornecedora e aumento do potencial de inovação.

Pequenas empresas listam como benefícios de participação: aprimorar processos internos, com aumento da produtividade; reduzir ociosidade da capacidade instalada; e aumentar as vendas para a empresa âncora e para o mercado, entre outros. “Trabalhar o encadeamento produtivo da empresa é torná-la mais competitiva, melhorando sua produtividade por meio da melhoria dos gargalos na cadeia de valor da empresa, onde pode-se trabalhar com os fornecedores ou potenciais fornecedores e também com distribuidores, revendedores, representantes, que complementam o modelo de negócio implementado”, explica Marcelo Paranzini, gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Guarulhos.

Segundo Paranzini, o conjunto de soluções para promover o encadeamento produtivo é identificado e organizado a partir dos portfólios de soluções internas do Sebrae e de instituições de apoio que possuem competências complementares. Usualmente, o projeto oferece uma grade de soluções que ajuda a transformar a realidade dos pequenos e sua relação com os grandes negócios no curto, médio e longo prazo. “Em uma parceria com o Sebrae-SP, a estratégia de encadeamento produtivo é a oportunidade das médias e grandes empresas obterem resultados com custos baixos, por meio de toda expertise dos técnicos do Sebrae-SP”, ressalta o gerente.

Mais informações sobre o programa podem ser obtidas pessoalmente no Escritório Regional do Sebrae-SP em Guarulhos, que fica na Avenida Esperança, 176, no Centro da cidade. Ou pelo telefone (11) 2440-1009.

Competitividade empresarial – O mundo dos negócios tem passado por mudanças significativas e acentuadas nas últimas décadas. A globalização da economia e o rápido desenvolvimento dos sistemas de informação, que aceleram e facilitam a troca de informações, têm acirrado a competição pelos diversos mercados.

A competitividade empresarial não se reduz à atuação da empresa individualmente, é o resultado da eficiência da cadeia de valor ou aglomerado local no qual se estrutura um determinado segmento produtivo. Dessa forma, as empresas que fazem parte de uma cadeia de valor precisam ser competitivas.

Não pode mais existir a dicotomia entre grandes empresas de um lado e pequenas de outro. A produtividade média é que vai definir a competitividade da cadeia de valor ante a concorrência internacional. Diminuir a assimetria de produtividade entre pequenas e grandes empresas é um desafio da economia brasileira.

Para contribuir com a melhoria dos índices de produtividade e competitividade, o Sebrae adotou a estratégia de encadeamento produtivo, promovendo a inserção de pequenos negócios em cadeias de valor de grandes empresas.

Cadeia de valor – Conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas ou insumos, fornecedores de componentes ou serviços, produção (fabricação ou serviços), distribuição e varejo, consumo, atividades de pós-vendas, como assistência técnica e manutenção, até a coleta, eventual reciclagem de materiais e a destinação final. O valor gerado na cadeia é o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece. Logo, para que uma empresa possua competitividade, é necessário que crie valor para o cliente, ressaltando-se que esse valor deve ser reconhecido pelo comprador, pois, caso contrário, os custos se sobressairão.