Rua D. Pedro II virá residência de Moradores de rua
Comerciantes locais reclamam da falta de uma solução do poder público para o caso
Moradores de rua dormem próximo ao Marco Zero
O aumento do número de moradores de rua dormindo no calçadão da rua Dom Pedro II, principal centro comercial da cidade, vem preocupando alguns comerciantes da região. Os empresários procuraram o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE), Decio Pompêo Junior, na sexta-feira (28/04), em busca de uma solução para o problema.
Segundo o empresário Rogério Ramalho, proprietário da Lazinho Calçados, os moradores de rua fizeram da Dom Pedro II suas casas. O empresário afirmou que já teriam procurado a prefeitura em busca de uma solução, mas até o momento nada havia acontecido.
“A Administração Municipal fica empurrando o caso de secretaria em secretaria. Sabemos que o problema é social, por isso mesmo solicitamos uma solução. Só queremos que a municipalidade tome providências. A rua D. Pedro II acabou virando um local para os moradores de rua dormirem e fazerem suas necessidades fisiológicas”, disse.
A via também virou local de reciclagem e estacionamento para as carroças, instrumento de trabalho de muitos dos moradores de rua, que encontraram na coleta de lixo o seu sustento.
Carroças dos moradores ficam estacionadas na rua D. Pedro II
Os comerciantes disseram ainda que algumas lojas vêm sofrendo depredações por parte de alguns “moradores”, além de sofrerem com as reclamações dos consumidores.
“A prefeitura não tem que resolver o problema do comerciante e sim o problema social existente. Os secretários precisam se movimentar”, disse o presidente da ACE, Decio Pompêo Junior.
Resposta – A assessoria de imprensa da Prefeitura de Guarulhos informou que vem sendo preparado um plano de ação para a retirada dos catadores de lixo da região central da cidade, transferindo-os para um local mais adequado onde possam fazer a seleção do material coletado. Essa ação envolve as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Obras e Serviços Públicos, Relações do Trabalho, Meio Ambiente, Assistência Social e Guarda Civil Municipal, sob a coordenação da Secretaria de Governo. Como se trata de um trabalho de convencimento, não está estabelecida uma data para a remoção dos moradores de rua.