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Rio +20: Mais que um Convite, uma convocação

Guarulhos, 15 de junho de 2012

Estamos às vésperas do Rio +20, nome dado a Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que ocorrerá no Brasil, na cidade do Rio de janeiro e que tem por objetivo renovar o compromisso dos líderes mundiais com a sustentabilidade do planeta.

Compromissos estes que foram descritos na Agenda 21, originada na Conferência Internacional – Eco 92 organizada, em junho de 1992, pela ONU (Organização das Nações Unidas) e que teve como sede, também, o Rio de Janeiro e contou com a participação de 179 países alinhados e dispostos a discutir e elaborar medidas para conciliar crescimento econômico e social com a preservação do meio ambiente.

A Agenda 21 tratou, entre outros temas, do combate à pobreza, sustentabilidade e crescimento demográfico, proteção da atmosfera, planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra, combate ao desmatamento das matas e florestas do mundo, preservação dos diversos ecossistemas do planeta, preservação dos recursos hídricos, fontes de água doce, conservação da biodiversidade, desenvolvimento rural com sustentabilidade, fortalecimento das ONGs na busca do desenvolvimento sustentável, tratamento e destinação responsável dos diversos tipos de resíduos, entre outros. O debate demonstrou que os temas já são conhecidos e os problemas são recorrentes, e já foram identificados e discutidos há décadas pelos líderes mundiais, como podemos verificar na historia das conferências realizadas pela ONU.

Por todo este histórico, acreditamos que os lideres mundiais não tenham que ser simplesmente convidados, mas, sim, convocados a comparecerem a Rio +20 com a finalidade de criar um ambiente de urgência para  que avancemos  no campo dos diagnósticos e prognósticos, com a criação de um instrumento jurídico universal que assegure o cumprimento de metas reais e factíveis em todo mundo, que assegurem um controle real do uso e exploração dos recursos naturais do planeta e que garanta a preservação, equilíbrio e a continuidade da biodiversidade e do ecossistema, a fim de preservar e garantir a sobrevivência da espécie humana.

O Brasil, pelos seus imensos recursos naturais, entre eles florestas e reservas de água potável que serão em futuro próximo fruto das grandes disputas da humanidade, pode e deve tomar à frente deste movimento. A convocação dos líderes mundiais e, principalmente, os das grandes potências que por centenas de anos exploram seus recursos naturais desenfreadamente, se faz necessária já!

William Cotrim Paneque  é  Presidente do Instituto Recicla Cidadão e Diretor de meio Ambiente da Associação Comercial Guarulhos.