Projeto de centro de convenções volta à cena e consome mais dinheiro público
Os presidentes das três principais entidades empresariais de Guarulhos concordam que uma Parceria Público Privada (PPP) seria uma saída viável para possibilitar a vinda de um centro de convenções para a cidade.
Para eles, a medida pode ser adotada após a conclusão do estudo de viabilidade socioeconômica, de concessão pública, projeto básico e executivo e técnica de um empreendimento para receber grandes eventos na cidade, que será feito graças a parceria do Ministério do Turismo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE).
De acordo com o convênio assinado em 16 de dezembro do ano passado serão investidos R$ 552 mil do governo Federal, com contrapartida de R$ 48 mil do município. A consultoria a ser contratada terá que elaborar também como será a gestão do Centro de Convenções.
Apesar do interesse da Prefeitura, a SDE admite que nenhum investidor procurou o município nos últimos meses manifestando o interesse em construir um Centro de Convenções. De acordo com a Pasta, o foco do estudo está no dimensionamento do empreendimento, com um criterioso estudo de mercado e na rentabilidade financeira do projeto para atrair o setor privado.
Segundo o diretor titular do regional Guarulhos do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Daniele Pestelli, uma PPP agilizaria a construção do centro para receber grandes eventos. “Falta espaço na cidade para abrigar feiras, tanto que improvisamos a Rodada de Negócios no antigo prédio da Phillips.” O presidente da Associação dos Empresários de Cumbica (Asec), Antonio Roberto Marchiori, acredita que o município poderia realizar diversos eventos segmentados que atualmente só acontecem em São Paulo. Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos, Wilson Lourenço, a proximidade com o Aeroporto Internacional é um fator que permite a cidade receber grandes convenções.
Não é de hoje que se comenta a vinda de um Centro de Convenções em Guarulhos. O grupo Fiera Milano chegou a anunciar um complexo próximo a avenida Jamil João Zarif, entretanto, desistiu em 2007 quando o governo Federal confirmou que não construiria a terceira pista do aeroporto. Em 1998, o governo do Estado também cogitou trazer um centro para a cidade, na área do Dry Port, que seria 15 vezes maior que o Anhembi. Até hoje, nada foi feito.