Painéis movimentaram 2º dia do Congresso Facesp

O segundo dia do 11º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) contou com muitos painéis de destaque. No período da manhã, um dos principais foi o do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Entre os mais representativos assuntos tratados pelos palestrantes foi a troca de ideias e experiências entre as Associações Comerciais, com temas que abordaram o dia a dia das entidades. Aspectos como organização de documentos, atendimento ao consumidor, problemas com fraude e mercado também mereceram destaque.

Na abertura do painel, o superintendente institucional e economista chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, afirmou que o mercado de informações está em constante mudança. “Essas mudanças são permanentes e exigem novas atitudes e criatividade. Uma das vantagens do SCPC é o envolvimento das pessoas e a capilaridade do serviço”.

MEIS – O secretário especial do Microempreendedor Individual da Prefeitura de São Paulo, Natanael Miranda dos Anjos, disse, em sua palestra, que as Associações Comerciais do estado precisam abrir as portas para atrair os Microempreendedores Individuais (MEIs). Segundo o secretário, existe hoje, em São Paulo, 1,78 milhão de microempreendedores individuais. Destes, apenas 12% estão associados a uma Associação Comercial. “Ainda temos um trabalho longo pela frente para abrigar esses novos empreendedores”, disse.

De acordo com Natanael, hoje, em São Paulo, há 3,4 milhões de trabalhadores informais. A meta do governo do estado é formalizar pelo menos 10% ao ano, ao seja, 340 mil trabalhadores que estão fora do sistema de proteção social. Cumprida a meta, se as Associações Comerciais conseguirem pelo menos 20% destes novos empreendedores como associados, em dois anos, serão 130 mil novos sócios. O volume é um pouco maior que a metade dos associados atualmente em São Paulo. “É um potencial muito grande de novos associados que não podemos perder de vista”, afirmou.

Crédito – No encontro sobre “Crédito como instrumento de desenvolvimento sustentável”, o gerente executivo de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Antonio Sérgio de Carvalho Rocha, disse que o crédito no Brasil já chegou a 46,2% do PIB. “Temos convicção de que há espaço para crescer nesse mercado de crédito”, afirmou o gerente. Segundo Rocha, o Banco do Brasil detém, hoje, 18,3% do mercado de crédito. “Nos últimos meses focamos muito nas micro e pequenas empresas para crescer”, observou.

Em seguida, durante o “Seminário Internacional de Consultoria Grupal”, o consultor Gilmar Barboza, de Belo Horizonte, disse que é muito importante as Associações Comerciais criarem e manterem sob seus domínios os núcleos setoriais. De acordo com o consultor, isso evita que o núcleo cresça e se separe da associação. Já no quarto encontro de gestores da Rede Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), a discussão girou em torno da necessidade da implantação de câmaras dentro das Associações Comerciais para atender às demandas dos empresários associados.