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Os dólares estão voltando

Guarulhos, 19 de setembro de 2003

ArteO Brasil conseguiu atrair US$ 1,4 bilhão em investimentos diretos estrangeiros em julho e mais US$ 1,2 bilhão em agosto. O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega. O valor referente a julho ficou acima do esperado, já que os dados divulgados até agora indicavam que os investimentos no mês haviam sido de US$ 1,2 bilhão.

“Poderemos chegar até US$ 10 bilhões até o final do ano”, disse o ministro, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, onde ele fez uma exposição sobre o Orçamento da União para 2004 e o Plano Plurianual de Investimentos (PPA) para o quadriênio 2004-2007. Ao fazer uma avaliação do desempenho do governo, Mantega afirmou que o resultado da política econômica governamental foi a retomada dos investimentos estrangeiros no País. O ministro voltou a dizer que a meta de crescimento para 2004 é de 3,5% do PIB e a de inflação, de 5,5%.

Mais receita – Ele informou, também, que a meta do Orçamento é de um aumento de receita de R$ 40,8 bilhões em relação ao ano de 2002, ou seja, 11% a mais. O aumento das despesas, por seu turno, atingirá a casa dos R$ 34,5 bilhões. Sobre o PPA, Guido Mantega disse que a meta é de crescimento de 18% do PIB até 2007, variando entre 3,5% do PIB em 2003 e 5% em 2007.

O ministro do Planejamento ainda explicou que o governo terá de fazer “algum contingenciamento” no orçamento deste ano para adequar-se às determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal. Sem mencionar o valor deste contingenciamento, que, segundo ele, deverá ser definido até 29 de setembro, o ministro afirmou que o corte “é provisório e poderá ser reconstituído no último trimestre”.

Para ele, em 2004, o Orçamento ainda não é “o dos sonhos”, pois é um programa “apertado, mas melhor que o deste ano”. Segundo Mantega, o atual é “a raspa do tacho, é o desembocar de vários problemas fiscais que foram deixados”, afirmou. E, para 2004, a proposta é a de buscar o crescimento econômico.

Salário mínimo – O ministro explicou também que o valor do ajuste do salário mínimo só será definido em abril, “depois que for verificada a dinâmica das receitas”. Segundo ele, para tomar esta decisão deverá ser avaliado o crescimento vegetativo da Previdência e o controle da inflação. “Com aumento vegetativo abaixo de 4% e inflação menor, poderemos dar um aumento do salário mínimo”, disse.